quarta-feira, dezembro 19, 2007

Humor: O Poder da Mídia

Vejam como são as coisas. De um lado, toda a carreira de um importante artista renascentista, eternizado através dos séculos por sua obra. Do outro, um desenho animado. Qual vocês acham que dá mais notoriedade?


Legenda: a parte marrom representa o quanto o nome é reconhecido como sendo de um artista, e a parte verde o quanto o nome é reconhecido como sendo uma Tartaruga Ninja.

Bizarro não?

sexta-feira, outubro 19, 2007

blogLife: Songs to think about...

Ordinary
Train


Whose eyes am I behind
I don’t recognize anything that I see
Whose skin is this design
I don’t want this to be the way that you see me

I don’t understand anything anymore
In this way that I’m tired of
Is taking me right up these walls
That I climb up
To get to your story
It’s anything but ordinary

And when the world is on its knees with me its fine
And when I come to the rescue I get nothing but left behind
Everybody seems to be getting what they need, where's mine
‘Cause you're what I need so very but I'm anything but ordinary

Can you save me from this world of mine
Before I get myself arrested with this expectation
You are the one look what you’ve done
What have you done?
This is not some kind of joke
You’re just a kid
You weren’t ready for what you did
No!

And when the world is on its knees with me its fine
And when I come to the rescue I do it for you time after time
Everybody seems to be getting what they need, where's mine
‘Cause you what I need so very but I'm anything but ordinary

I think I'm trying to save the world for you
You’ve been saving me too
We could just stay in and save each other

Im anything but ordinary
(ordinary)
Im anything but ordinary
(ordinary)



Am I ordinary? It's just a matter of choices...

terça-feira, setembro 18, 2007

blogLife: post para ninguém entender...

O que pode um homem fazer para mudar o mundo?

O que pode um homem fazer para mudar o SEU mundo?

Sinto falta da noite. Eu costumava pensar melhor naquele tempo...

quinta-feira, setembro 06, 2007

Arte da Guerra: 6 inimigos do sucesso

Enviei hoje este texto à minha equipe, para que pensassem sobre seu conteúdo. Achei tão válido, que resolvi postar aqui, pois pode ser útil para mais pessoas.

--
Recebi uma pesquisa do meu amigo Anderson Salles, que achei bastante interessante. É uma pesquisa do professor Luiz Marins, da Anthropos Consulting, que fala sobre 6 razões para que um funcionário que se considerava estável e seguro em seu emprego seja dispensado pela empresa. O professor Luiz Marins entrevistou diversos empresários e gestores, e conseguiu identificar atitudes, que eu considerei como grandes inimigas do sucesso. São elas:

1) Arrogância. A pessoa perde a noção de seu lugar e começa a tratar mal as outras pessoas;
2) Achar-se indispensável. A pessoa se acha tão indispensável, que acaba sendo dispensável. Ela acredita que sem ela, a empresa não sobreviverá;
3) Fazer-se de ocupada. A pessoa que começa se fazer de muito ocupada é porque perdeu a noção de que ela não é, por certo, a pessoa mais ocupada do mundo;
4) Não participar de cursos, treinamentos, palestras que a empresa promove. Ela acha que não precisa de nada disso;
5) Cumprir rigorosamente o horário. Nem um minuto a mais, nem um minuto a menos. São verdadeiros robôs. Pessoas que não andam o quilômetro extra;
6) Segurar informações vitais para o trabalho dos seus colegas e não colaborar.

Acredito que estas atitudes podem não levar a uma dispensa, porém com certeza irão prejudicar o desenvolvimento da pessoa dentro da organização, tolhendo oportunidades de crescimento e impedindo que cada um de nós demonstre todo o nosso potencial.

Para que possamos nos desenvolver profissionalmente, é importante termos o entendimento de que uma organização é constituída, antes de mais nada, de pessoas, e que precisamos nos relacionar bem e de maneira colaborativa com cada um dos nossos colegas. Portanto, peço a cada um que leia novamente as 6 razões propostas pelo professor Marins, e pense se não está de alguma maneira jogando contra si mesmo em sua vida profissional.

O profissional de sucesso é sempre aquele que, antes de mais nada, percebe a si mesmo de maneira sincera, conhece seus talentos, aceita suas limitações, e se esforça para vencer todos os desafios que encontra, sejam eles impostos pela vida, sejam eles impostos por si mesmo. Humildade para aprender, simpatia e disposição para trabalhar em equipe são características indispensáveis nos grandes profissionais de hoje e do futuro.

Lembrem: até mesmo os maiores mestres um dia já tiveram um mentor, e mesmo atingindo grandes conhecimentos, nunca pararam de aprender. Sucesso a todos!

quinta-feira, agosto 23, 2007

Arte da Guerra: Ser o mestre de si mesmo

Por onde eu ando? Essa é a pergunta que não quer calar. Muito tempo sem postar, sem passar por aqui, mas com certeza, tenho vivido. Passou meu aniversário, 25 anos, 1/4 de século, festinha no Dhomba com os amigos, comemoração em família e com os colegas de serviço. No big deal, foi legal e ganhei bons presentes. Mas o que me motiva a escrever agora? Não é meu aniversário, nem o podcast e nem tédio. Apenas estava pensando sobre alguns ensinamentos do Caminho.

"Em ninguém - ninguém neste mundo você pode confiar. Nem no homem, ou mulher, ou animal. Apenas nisto você pode confiar: a espada."

Entendo este ensinamento no sentido de que nada no mundo está totalmente sob seu controle, exceto o que você mesmo faz. Pessoas têm suas próprias vontades, aspirações, sonhos e instintos, e não podemos culpá-los quando preferem seguir o coração ao invés da razão. Está não apenas na natureza humana, mas na própria origem animal da qual nós viemos, priorizar nossas próprias necessidades ou direitos (ou o que acreditamos ser nossa necessidade ou direito) em detrimento das necessidades ou direitos dos outros.

Em função disto que o Caminho diz que não podemos confiar em ninguém, seja homem, mulher ou animal. Não que as pessoas irão lhe trair, apenas que eventualmente elas tomarão um curso de ação diferente do que você considera o correto a ser feito. E isto não é errado. Apenas não podemos contar que os outros farão o que é melhor ou mais certo segundo nosso próprio ponto de vista.

Apenas na espada podemos confiar, pois a espada é sempre sincera, sempre direta, e nunca mente. Eventualmente, a espada pode ferir ao seu mestre, mas aí precisamos entender que não foi a espada que desferiu o golpe, e sim o próprio mestre que, por descuido, lhe deu o movimento errado. Nossa mente e nossas ações são nossas armas, nossas espadas, e somente nelas podemos confiar totalmente.

Aquele que for seu próprio mestre, mestre de sua mente e de suas ações, será o mestre de sua espada, e por ela não será ferido. Musashi Sensei disse em seus ensinamentos:

"Não pense de maneira desonesta.
O caminho está no treinamento.
Se torne familiar de todas as artes
Conheça os caminhos de todas as profissões
Aprenda a distinguir vitória de derrota
Desenvolva um julgamento intuitivo e entendimento de tudo
Perceba o que não pode ser visto
Preste atenção até mesmo às trivialidades
E não faça nada que não seja útil."


O verdadeiro mestre de si mesmo percebe, conhece e compreende o mundo que o cerca. Não existem grandes mistérios para ele, e ele está sempre disposto a descobrir o que é novo, afim de entender e se adaptar à cada pequena mudança do mundo. O verdadeiro guerreiro não domina apenas a arte da espada, do combate, mas se dedica a cada detalhe de sua vida com a mesma atenção e importância que se dá ao cuidado com sua espada, antes de cada batalha.

Os antigos samurais eram não apenas guerreiros inigualáveis, mas também estudiosos que se dedicavam à filosofia, matemática, caligrafia, pintura, música, dança, teatro e todas as formas de arte e conhecimento, buscando sempre a perfeição em cada detalhe do que faziam. Até mesmo a limpeza de suas casas, roupas e pertences era encarado como uma tarefa sagrada e importante. A cerimônia do chá demonstra a importância de se buscar a perfeição em cada pequeno detalhe de nosso dia-a-dia.

Com paciência e persistência, até a mais alta das árvores pode ser derrubada. Não existe tarefa grandiosa demais ou pequena demais, que um homem não possa cumpri-la. Está no entendimento desta questão o segredo para a realização profissional e pessoal. Feliz não é aquele que faz somente o que gosta, e sim aquele que gosta de tudo o que faz. Acordar todas as manhãs e encarar cada dia como uma oportunidade para vencer novas batalhas, novos desafios, e alcançar cada vez mais o crescimento e iluminação que faz de cada um uma peça única do grande plano das coisas. Este é o caminho do guerreiro.

A grandeza de uma vida se constrói nos detalhes.

quinta-feira, julho 05, 2007

Música: Lançamento do meu Podcast!!!

Finalmente!!!

Acessem aí:

www.podcastladob.blogspot.com

terça-feira, junho 26, 2007

Música: Bonecas, Patetas e Irmãos

New York Dolls - One Day It Will Please Us to Remember Even This (2006) - As "velhas bonecas de Nova Iorque" estão de volta nesse album de 2006 que estará estourando por aqui agora em 2007. Banda formada em 1971, seguiram muito bem até 1975, quando começaram as clássicas brigas, separações e por aí vai (dizem as más línguas que as brigas começaram devido a problemas para conseguir heroína durante uma turnê... vai saber?).

Ao contrário de outras bandas, que citam grandes bandas como suas influências, o New York Dolls pode dizer que influenciou alguns dos maiores nomes do rock 'nd roll da história, tais como Kiss, Blondie, Ramones, Aerosmith, Mötley Crüe, Guns N' Roses, e até mesmo Morrissey dos Smiths, que inclusive foi presidente de um fã-clube do New York Dolls. Pois é, apesar de nunca terem realmente estourado a nível mundial, os caras têm uma importância enorme na música.

Este novo álbum veio bem carregado com um rock mais "roots" (hehehe), bem anos 70, bem o que aprendemos a gostar desde criancinhas, com influências no blues, country, folk e afins. Som objetivo, direto, sem grandes floreios, sincero mesmo. Recomendo, com destaque para as faixas Runnin' Around, Plenty of Music e Ain't Got Nothing.


The Stooges - The Weirdness (2007) - Apesar de eu achar que esta banda dispensa apresentações, uma introdução rápida sempre é válida. Ativa entre 1967 e 1974, voltou a ativa em 2003. Para justificar a relevância da banda, bastam um nome: Iggy Pop. Vocalista da banda desde seu começo, e até hoje mostrando que "beleza não pôe mesa", com seu vocal competente.

Influenciaram nomes como Kurt Cobain (que listou a faixa Raw Power como sua música predileta de todos os tempos em seus diários), Sonic Youth (que gravou I Wanna Be Your Dog em 1983), Slayer (que também gravou I Wanna Be Your Dog nos anos 90, com algumas "personalizações" na letra), Guns N' Roses (que gravou Raw Power em 1993), Red Hot Chili Peppers (que gravou Search and Destroy), entre outros.

Este novo album mostra um rock "das antigas", rock bem cru, sem riffs muito pesados, mas com solos gostosos de ouvir, além de uma bateria simples e sem floreios. Além disso, tem grandes momentos do Iggy nos vocais,e dou destaque às faixas The Weirdness e Free & Freaky, com todo seu "climão" rock 'nd roll.


The Fratellis - Costello Music (2006) - Já que não só de "revivals" vive o homem, importante falar de algumas coisas novas também. E uma grata novidade é o album dos escoceses The Fratellis. Ao contrário do que o nome sugere, os caras não são irmãos, nem mesmo italianos. A banda surgiu com 3 amigos que viajavam com um parque de diversões itnerante em Glasgow (Escócia). Outra versão conta que a banda se reuniu através de um anúncio que o bateirista Gordon McRory colocou sob um "nome falso" procurando por músicos que quisessem "conquistar o mundo".

Assim como sua origem, o nome da banda causa bastante confusão e expeculações. A primeira versão que surgiu falava que os membros haviam se inspirado nos Irmãos Fratelli do filme "Os Goonies" (1985), porém os próprios membros da banda desmentiram esta versão ao vivo na rádio BBC. Uma versão mais aceita diz que na verdade o sobrenome original do baixista Barry seria Fratelli. Como uma maneira de deixar clara que a amizade dos 3 integrantes era forte como uma irmandade, todos adotaram nomes artísticos com o mesmo sobrenome, formando então o trio Jon Fratelli (A.K.A. John Lawler, guitarra e vocal), Barry Fratelli (A.K.A. Barry Wallace, baixista) e Mince Fratelli (A.K.A. Gordon McRory, bateirista, backing vocal, e ocasionalmente toca guitarra e banjo).

O album de estréia da banda, Costello Music, mostra um lado indie bastante forte e evidente, com toques fantásticos de folk e um balanço natural que dá até vontade de dançar e assoviar. Aliás, a faixa Whistle For The Choir tem um solo de assovio muito bem colocado. Além desta, destaque para as faixas Flathead (cujo clipe homenageia algumas das maiores musas italianas do cinema) e Chelsea Dagger. Album divertido e com alta qualidade musical, feito por gente que sabe e gosta do que faz.

quinta-feira, junho 21, 2007

Música: dicas para ouvir

Saudações!

Bem, algumas novidades que baixei, e recomando que escutem. Textinho escrito meio às pressas ontem a noite, somente agora tive tempo de entrar para postar.

Linkin Park - Minutes to Midnight (2007) - Depois de anos sem lançar nenhum trabalho inédito, a banda de Los Angeles aparece com o novo Minutes to Midnight. Com um som mais maduro e limpo, a banda flerta com influências bem nítidas, que vão do metal clássico, passam pelo rap e vão até o gospel. Se a combinação parece bizarra, o resultado ficou muito bom, com destaque para as fantásticas Given Up, What I've Done e Hands Held High.

The Long Blondes - Someone To Drive You Home (2006) - Apesar do nome, a banda não tem nenhuma loira. Na verdade são 3 morenas e 2 barbados. Formada em Sheffield, na Inglaterra, fazem o estilão "glamour punk" e um som bem indie, com vocal feminino inspirado e boas influências, como Buzzcocks, Ramones e Burt Bacharach. Pessoalmente, eu vejo algo de Save Ferris nas influências deles também.

Arctic Monkeys - Favourite Worst Nightmare (2007) - Contrariando as expectativas e vencendo a maldição do segundo disco, a banda britânica emplaca uma verdadeira surpresa: Favourite Worst Nightmare conseguiu se mostrar ainda melhor que o primeiro album. Se eles estavam totalmente despreocupados e sem expectativas no album que lançaram aos 19 anos, agora com 21 eles apresentaram um som mais maduro, responsável e seguro de si. Se o primeiro disco ainda tinha um "quê" de amador, o segundo está muito bem produzido, e bem mais engrenado. Vale a pena.

Dúvidas, críticas, sugestões e opiniões, os comentários estão a disposição.

sábado, junho 16, 2007

blogLife: In A Box

Estava pensando hoje... Do que eu sinto falta?

Não é de amor, afinal eu tenho o melhor amor do mundo (e ela me tem também). Não é de sucesso, afinal teoricamente tenho me saído bem na minha carreira, construindo pacientemente cada nível, antes de subir para o próximo.

Talvez um pouco de reconhecimento, pelo esforço diário para fazer do mundo um lugar um pouco melhor, menos estressante. Nah, não é isso. Fama? Definitivamente não. Ok, talvez um pouco, sou leonino afinal, e dizem que ela é meio viciante. Mas ainda não é isso.

Ah, sim. Acho que sei do que eu sinto falta. De verdade. Acho que ando sentindo falta de ser inteligente. Sinto falta de ser esperto, de ter opiniões interessantes, e pessoas interessadas nas minhas opiniões. Me tornei tão INSERIDO nesse mundo todo certinho da tecnocracia, que tenho me sentindo praticamente no dever de simplesmente "seguir o plano, sem grandes alterações, evitando turbulências".

O que houve com o cara diferente, esperto, pseudointelectual, filósofo de boteco, blogueiro patológico, que escrevia todos os dias, as vezes mais de uma vez por dia, que tinha coisas relevantes a falar, coisas interessantes (ou não), mesmo que fosse uma besteira pensada em uma caminhada curta de 15 minutos de um lugar para o outro?

As vezes dou um tempo para a cabeça navegando sem rumo na internet, e caio em blogs, páginas e colunas de pessoas anônimas para mim, mas que de certa forma construíram grupos de leitores assíduos, exatamente como eu fiz no passado. E esses "quase escritores" parecem tão carregados de vontade, de vida, de idéias, de opiniões... Que chega a me bater uma pontinha de inveja.

Quando que eu deixei de me permitir ter idéias e opiniões diferentes do resto do gado? Quem é esse cara que anda arrumadinho com gel no cabelo todos os dias, com a minha carteira no bolso e se apresenta mentindo que sou eu? Quem raios é esse barbudo no espelho? É, sou eu... Aspirante a tecnocrata, modelo standard, sem marcações distintas.

É... Sinto falta de uma certa liberdade... De ser diferente... De ser eu mesmo...

Não, nada disso. Acho que, no final, eu sinto falta é de dinheiro mesmo. C'est la vie, mon ami!

Dentro/Fora
Pato Fu


3 a 3 melhor que 2 a 2

Não depende da largura
A entrada é de fora, a de dentro é saída

Já pensou? Estar dentro, nunca fora
Já pensou? Estar dentro, nunca fora
Já pensou? Uo uo uo uo uo uo uo

3 a 3 melhor que 2 a 2

Invadindo toda rua
Todos fora, indo e vindo

E mais, e mais
Já pensou? Estar dentro, nunca fora
Já pensou? Estar dentro, nunca fora
Já pensou? Uo uo uo uo uo uo uo

Já pensou?
Já pensou?
Já pensou?

sexta-feira, junho 15, 2007

blogLife: Encontros e Desencontros

Não, não vou falar sobre aquele filme com o Bill Murray. Vou falar dos 35 dias sem postar nada por aqui. Provavelmente as pessoas nem devem mais estar frequentando isso aqui, hehehe. Nada que eu não tenha me acostumado ainda.

Na verdade estava pensando nisso com o último post. O blog anterior rendia as vezes absurdas 2000 visitas em um único dia, tendo chegado a recordes de mais de 6000 das 10h as 23h. E o novo blog, simplesmente chega a passar as vezes 2 ou 3 dias sem uma única visita, nem sequer minha, hehehe.

Quem diria que eu, de pseudo-celebridade passaria a "só mais um carinha no ônibus, a caminho de casa no final da noite". É, a vida tem dessas coisas, um dia você é reconhecido por estranhos na rua, no outro seus ex-colegas te cumprimentam sem lembrar seu nome. Não que eu sinta falta. Realmente não sinto.

As vezes é bom poder andar na rua, totalmente anônimo, sozinho com seus pensamentos e a música...

Day After Day
Pato Fu


He wants her love
But never took a shower
He loves her badly
But he does not have a dollar

He listens good
Can´t understand the words
He wants a better life
But life keeps getting worse

He just cannot remember
Anybody´s name
When the situation degenerates
There´s no one to blame

He tries to do things right
He knows he never will
´Cause his favorite song
My friend
Is The Fool On The Hill

quinta-feira, maio 10, 2007

blogLife: sobre decisões e confusões

Todos na vida, mais cedo ou mais tarde, sofremos pressões. Pressões para que tomemos decisões, atitudes, caminhos, que muitas vezes nada têm a ver com o que acreditávamos ser o nosso "destino". Assim é a vida, sempre nos dando lições, sempre nos ensinando, mesmo quando achávamos que já tínhamos aprendido o que era preciso, ou quando queremos simplesmente um tempo para recuperar o fôlego, antes da próxima lição.

Mas a vida, a vida é uma caixinha de surpresas, e numa bela manhã de sol, você pode ser literalmente atropelado por uma situação na qual você precisa tomar uma decisão, uma determinada atitude, e você se vê pressionado entre diversas forças diferentes, algumas concordando entre si, outras querendo te empurrar para um lado distinto.

Confusão? Ih, não viu nada ainda. Até é fácil tomar decisões quando algumas dessas forças estão indo na mesma direção que você acredita ser a correta. Mas e quando a maioria das forças te empurra na direção exatamente oposta? Quando o que parece ser tão óbvio, tão lógico para você, simplesmente parece não fazer sentido para o resto do mundo?

É nessas horas que separamos as pessoas das meras peças de xadrez. Peças de xadrez são sempre meros joguetes nas pressões da vida, sempre se rendendo institivamente a cada impulso, seja ele interno ou externo, muitas vezes nem mesmo conseguindo separar um do outro. Não sabem o que é realmente decisão delas, e o que é simplesmente algo imposto ao subconsciente, pelas diversas forças externas que agem sobre todos nós, todos os dias.

As pessoas sábias, de verdade, procuram sempre antes de tomar uma decisão, entender o que realmente acontece, o que se passa, e naquele breve momento de quietude e entendimento, tomam sua decisão e a atitude para apoiá-la. Uma vez minha mãe me disse que toda decisão tomada de cabeça quente tende a ser a menos certa. Minha mãe, mais uma vez, estava certa.

"Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta, e o coração tranquilo."

Costumo dizer muito essa frase, e quem me conhece bem sabe que ela faz parte do meu dia-a-dia, bem como uma outra frase que costumo dizer muito, e que até já virou bordão entre meus amigos: "a paciência é a mãe das virtudes."

Antes de se tomar uma decisão importante, é imprescindível sempre que nos isolemos, para aquietar a mente e o coração, limpar as impurezas e os sentimentos confusos, analisar cada dado pertinente e gerar informações que suportem uma tomada de decisão mais acertada.

Dizem que nunca devemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje, mas eu digo que essa frase não é 100% verdadeira, visto que a qualidade de uma decisão é diretamente proporcional ao tempo que levamos para tomá-la. Claro, isso não significa que devemos demorar tempo o suficiente para que outra pessoa, ou até mesmo a vida, tome a decisão por nós. Mais uma vez aqui, como em muitos dos momentos da minha vida (e acredito que da vida de todos), o equilíbrio é um fator imprescindível.


Equilíbrio. Quando que perdemos ele, e nem nos damos conta? É a dor? O cansaço? As pressões? É tudo o que esperam de nós (e para nós), e não sabemos se vamos conseguir alcançar? São todas as decisões que tomamos baseados no que os outros esperam da gente, que nem nos damos conta de que não era o que esperávamos de nós mesmos?

Senti falta de meditar. E essa noite, meus fones e meu violão me fizeram bem. E mais uma vez, uma música que já passou por aqui faz muito sentido.

Drive
Incubus


Sometimes
I feel the fear of uncertainty stinging clear
And I can't help but ask myself how much
I'll let the fear take the wheel and steer.

It's driven me before, and it seems to have a vague,
Haunting mass appeal.
But lately I'm beginning to find that I
Should be the one behind the wheel.

Whatever tomorrow brings,
I'll be there with open arms and open eyes, Yeah
Whatever tomorrow brings, I'll be there
I'll be there.


So if I decide to waiver my chance to be one of the hive
Will I choose water over wine and hold my own and drive?

It's driven me before and it seems to be the way
That everyone else gets around.
But lately I'm beginning to find that when
I drive myself my light is found.

Whatever tomorrow brings,
I'll be there with open arms and open eyes, Yeah
Whatever tomorrow brings, I'll be there
I'll be there.


Would you choose water over wine
Hold the wheel and drive?

Whatever tomorrow brings,
I'll be there with open arms and open eyes, Yeah
Whatever tomorrow brings, I'll be there
I'll be there.

segunda-feira, abril 30, 2007

Música: O Rótulo EMO

Estava pensando hoje, sobre como os rótulos viram moda. A expressão "emo" então, hoje é usada para definir desde os "Metaleiros VASP" ("Vagabundos Associados Sustentados pelos Pais", também conhecidos como "mãe, me dá 5 pila para eu ir ser malvado na Redenção?"), até bandas que nada têm a ver com emocore.

Hoje, qualquer banda que faça um som pesado e que fale sobre o tema mais usado na música na história, é tachada de "emo". E que tema é esse? Amor, corações partidos, desilusões, tristeza, essas coisas. É fato, as poesias mais belas giram em torno desses temas. Natural que muitas músicas sejam sobre isto.

Atualmente, para não ser tachado de "emo", uma banda precisa escrever canções que falem sobre como são bons, como pegam a mulherada, como nasceram em um ritual satânico e são filhos bastardos do demônio com uma cabra, essas coisas. Qualquer coisa que fuja desses temas, é considerada "emo". O Punk, o Gótico, o New Metal, e até mesmo algumas vertentes do Metal e do Rock viraram "coisa de emo".

Penso se a cabeça das pessoas não está encolhendo cada vez mais, e se aqueles que se consideram "mentes livres", "visionários" e afins não são na verdade apenas mais um produto da mídia, arrotando aos quatro ventos exatamente o que lhes é dito pela sociedade na qual estão inseridos.

No final, essas pessoas com uma visão tão curta da música apenas estão querendo ser aceitos, querem se sentir parte de algo, querem um abraço, um cafuné, um tapinha nas costas, exatamente como qualquer "emo" que eles tanto criticam.

Falta gente de visão hoje em dia, gente que realmente saiba apreciar e analisar música, independente de estilo ou moda. Agora vou lá buscar meu pentagrama, minha camiseta preta porque meus amigos malvadões estão me esperando para ficarmos todos bêbados ouvindo música do demônio. Tudo isso porque eu sou mal. Entenderam?

Agora vão dizer que até Beatles é emo... Basta pegar qualquer letra deles...

quinta-feira, abril 26, 2007

blogLife: antes da chuva cair

Interessante como as vezes algo tão banal como uma música, uma cena ou até mesmo uma sensação (aquela que vem poucos instantes antes da chuva começar a cair) podem reavivar uma saudade há muito esquecida.

Saudade estranha, de uma pessoa que ficou no passado. Um cara diferente, estranho, que não se ajustava ao que era "padrão" na sociedade formal. Um cara que tinha regras e um código de conduta próprios, horários totalmente avessos ao resto das pessoas, de hábitos notívagos e que gostava de brincar de deus. Ou ao menos ele se dava ao luxo de se sentir um deus, de vez em quando. E esse cara era eu.

Coisas bobas, de guri que se acha espertão porque sabe algo a mais sobre algo, porque domina alguma informação ou tem alguma habilidade que as outras pessoas não têm. Lembro bem daquele tempo, tempo em que eu tinha meu próprio mundo, onde eu mesmo fazia as regras e me dava ao luxo de sentir orgulho de mim mesmo, sem me sentir culpado por isso. Tempo em que eu vivia fora das regras formais, e ninguém me criticava por isso.

Hoje, eu sigo as regras. Carreira, faculdade, essas coisas. Tenho coisas preciosíssimas, como família, amigos e uma mulher que eu amo. E amo de verdade, como nunca pensei ser possível fora da ficção e dos meus sonhos. Tenho ótimos desafios pela frente, a força e a vontade para vencê-los, e pessoas do meu lado para me dar o apoio que todos precisamos para seguir em frente.

Então porque sentir saudades de algo que já passou, se o que tenho hoje é tão melhor? Não sei... Talvez seja um frio na barriga, antes das mudanças. Talvez seja só aquela sensação antes da chuva cair. Reação normal, na hora de sair da zona de conforto e abraçar as novidades com um sorriso no rosto e a curiosidade infantil que sempre me domina nessas horas.

De qualquer maneira, "*HtP!*" sempre vai fazer parte das coisas boas do meu passado.

segunda-feira, abril 23, 2007

Hikyo Na Furumai

Estava lendo o "periódico" do Instituto Niten, e gostei muito de um pensamento do Sensei Jorge Kishikawa. Abaixo, reproduzo na íntegra, e peço desculpas ao Sensei por usar suas palavras.

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"A medida que o tempo passa, as pessoas mudam. Algumas para o bem, outras para o mal. Cada um movido pelo próprio interesse (ou desinteresse). As que vão para o mal acreditam que nada estão fazendo de errado, pois movidos pelo ego que cega as suas ações, sempre têm uma explicação "lógica" para justificar a ação.

Todos estes têm uma característica. Começam sorrateiramente com o "hikyo na furumai" , que em poucas palavras siginifica "movimentação estranha, covarde, mesquinha", e que os samurais odiavam. Você deve ter percebido que eu falei que apesar de terem a explicação "lógica" , agem com "hikyo na furumai". É porque, no fundo, sabem e sentem que estão errados.

O que vem depois são sucessões de fatos (e sempre é a mesma novela) inerentes a todos aqueles que 'cospem no prato em que comeram'."
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Incrível como as vezes as coisas parecem ter sido escritas especialmente para o momento que estamos atravessando. Outro pensamento do Sensei Kishikawa que tem me feito pensar muito é um que ele publicou em seu "Shin Hagakure", entitulado "Guerreiro ou Flor".

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"Coitadinhos ou coitadinhas não devem ir ao campo de batalha. Só atrapalham. Alguém gostaria de ter um samurai chorando no meio da batalha? Tendo crise de nervos? Com depressão? Ou precisando de um cafuné? Sendo tão inofensivo que não suporte um comando enérgico ou uma advertência verbal? Este não é um guerreiro. É uma flor. Deve estar num vaso e servir de ornamento para ninguém tocar. Não resiste à mais leve brisa da manhã."
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Tenho pensado muito nos textos de Kishikawa Sensei e Tsunetomo Sensei. Preciso encontrar meu centro novamente, meu Kamae.

terça-feira, abril 03, 2007

Música: As Cores

Há algum tempo ando com a idéia de montar uma lista entitulada "As Cores". A idéia é montar uma lista de albuns com nomes de cores, e já tenho uma pequena amostra, que explica a idéia. Inicialmente, a lista abaixo não tem "cores repetidas", mas pretendo mais pra frente montar uma lista o mais completa possível, com todas as cores e albuns associados.

Lista: As Cores (preview)
Black Album - Metallica (Metal - 1991)
Green Album - Weezer (Rock - 2001)
Blue Album - Weezer (Rock - 1994)
White Album - Beatles (Rock - 1968)
Red Album - Beatles (Rock - 1973)
Yellow Album - The Simpsons (OST - 1998)
Pink Album - White Hole (Pop - 2004)
Orange Album - Stefy (Pop - 2006)
Brown Album - Primus (Rock - 1997)
Grey Album - Danger Mouse (Hip Hop - 2000)
Purple Album - Stone Temple Pilots (Rock - 1994)
Cyan Album - Three Dog Night (Rock - 1973)

Fico aberto a sugestões, tanto de albuns nacionais quanto internacionais, por e-mail (cristiano@poabynight.com) ou aqui nos comentários mesmo.

segunda-feira, março 26, 2007

Cinema: 300 de Esparta

Nós marchamos.
Desde a querida Lacônia
Desde a sagrada Esparta
Em nome da honra
Em nome da glória
Nós marchamos.


Assim começa o original escrito por Frank Miller, que narra de maneira romantizada a épica Batalha das Termópilas e dos 300 bravos espartanos que deram a vida em nome de um ideal. Um ideal de liberdade e compromisso, lealdade e retidão, um ideal de fazer o que é certo, custe o que custar. Uma história sobre um rei que aceitou o que a vida lhe colocou à frente, e abraçou seu papel como aquele que salvaria o mundo livre da tirania e crueldade, e pagaria com sua vida.

O filme não é um documentário, e nem se prende à fidelidade histórica tão exigida pela crítica. Não é um documentário, e nem o pretendia ser. A linguagem visual, a trilha sonora, a atuação dos atores, nada foi feito como se fosse um documentário. Ao contrário, é a narração épica, carregada de paixão e parcialidade de um dos eventos históricos mais importantes da idade antiga, e um dos mais belos também.

As histórias de amor podem ser lindas, e de fato o são, mas são os sacrifícios que fazemos, são as coisas das quais abrimos mão, que nos marcam na história, e Leônidas e seus 300 bravos hoplitas abriram mão de tudo, de suas famílias, de suas casas, de suas vidas, em nome daquilo que eles achavam certo. Abriram mão de tudo, menos de seu orgulho, e daquilo que eles realmente eram: guerreiros, espartanos, invencíveis.

Dá para notar que eu realmente gosto dessa história não é? Há 8 longos anos que eu espero pelo lançamento deste filme, desde que pus os olhos pela primeira vez na graphic novel de Frank Miller. Então resolvi escrever um pouco sobre os fatos que inspiraram o filme, sobre quem foi realmente Leônidas, quem eram os espartanos, e o que ocorreu na épica Batalha das Termópilas. Mas já aviso: o texto abaixo pode estragar algumas surpresas do filme para quem não conhece a história.

Leônidas foi rei de Esparta entre os anos de 490 a.C. a 480 a.C.. Ele assumiu o trono de Esparta sucedendo seu meio-irmão Cleômenas I, casando-se com sua sobrinha Gorgo. Era membro da família dos Ágidas, uma das duas da Diarquia de Esparta (a outra era os Euripôntidas). Leônidas era o 17º da linha Ágida, filho de Anaxandridas II, e dizia-se que ele era descendente direto de Hércules.

Lêonidas, em grego, significa “forte como um leão”, e o rei espartano honrou a alcunha pela qual era chamado: "O Leão de Esparta". Desde pequeno era conhecido pela sua força, bravura e inteligência, e chegou a ser dado como morto durante o Agoge, porém contrariando as probabilidades, sobreviveu ao inverno grego, sozinho na floresta, e retornou à Esparta vitorioso e pronto para se tornar de fato um guerreiro, aos 10 anos de idade.

O Agoge era o processo de educação espartano, pelo qual todos os jovens passavam. Através do Agoge, os espartanos eram ensinados na arte da guerra, tornando-se guerreiros fortes, determinados, patriotas e que nunca desistiam. Quando as mulheres espartanas enviavam seus filhos e maridos para a guerra, diziam-lhes "volta com teu escudo, ou sobre ele" ("volta vitorioso, ou morto"). Certa vez, Gorgo foi questionada por outras mulheres, onde lhe perguntaram porque as mulheres espartanas eram as únicas gregas que mandavam em seus homens. A resposta de Gorgo deixa claro o modo de vista espartano, e maneira como eles se relacionavam: "Ora, porque parimos homens de verdade!".

Quando os persas estavam para invadir a grécia, Leônidas buscou aconselhamento com os Éforos, um conselho de anciões que vivia isolado do resto de Esparta, e do Oráculo de Delfos. Leônidas foi então avisado que Esparta não deveria ir à guerra, pois estavam na época da Carnéia, um tempo sagrado no qual não deveria haver "marcha", e que por esse motivo os exércitos estavam proibidos de guerrear. Leônidas também foi avisado de que Esparta iria cair, e que a única maneira de salvá-la seria o sacrifício da vida de seu rei. Também na mesma época celebravam-se as olimpíadas em Athenas, e também por este motivo os atenienses e sua esquadra não iriam combater os persas.

A estratégia do rei persa, Xerxes I, era precisa. Subornar os influentes conselheiros gregos de diversas cidades, para que os mesmos não permitissem que seus exércitos guerreassem naquele momento, e aproveitar este tempo para posicionar suas tropas de aproximadamente 400 mil homens (de um exército total de 2 milhões e 600 mil que servia o Império Persa) e invadir a grécia com pouca ou quase nenhuma resistência. Ele apenas não contava que os "insolentes" espartanos iriam se colocar contra tão inteligente plano.

Com seu exército proibido de marchar, Leônidas reuniu somente sua guarda pessoal de 300 hoplitas e saiu em "caminhada" em direção às Termópilas, um desfiladeiro pelo qual os persas teriam que passar. Os hoplitas eram a unidade básica de infantaria espartana, guerreiros especializados no uso da lança, escudo e espada, criados desde crianças para serem os soldados perfeitos, os mais ferozes que a Terra já vira. Além dos 300 espartanos, juntaram-se a eles cerca de 7000 aliados de diversas outras cidades e aldeias, dentre elas Arcádia, Téspia, Tebas, Fócia, Corinto, e outras.

Xerxes nasceu em 519 a.C. e morreu em 465 a.C. Era filho de Dario I e neto de Ciro, o Grande. Mesmo não sendo o primogênito, foi indicado por seu pai no leito de morte para assumir o trono da Persa. Tinha como seu principal objetivo continuar a cruzada de seu pai, uma guerra iniciada e perdida por Dario, e que ficou conhecida como "As Guerras Médicas", e que foram terminadas na célebre Batalha de Maratona.

Em sua invasão à Grécia, após até mesmo a construção de um canal para agilizar o movimento de suas tropas, Xerxes viu suas forças serem emboscadas pelos espartanos em um desfiladeiro, as Termópilas (ou Portões de Fogo), onde o grande número de persas de nada valia contra as forças bem organizadas e treinadas dos gregos. Durante 3 dias os espartanos seguraram os invasores, derrotando mais de 40 mil persas somente no primeiro dia, fazendo com que boa parte do exército de Xerxes morresse ou batesse em retirada. Não fosse um ato de traição, talvez os espartanos tivessem realmente uma chance de vencer a batalha.

Um pastor de ovelhas chamado Efialtes, seduzido pelas promessas de ouro e poder dos homens de Xerxes, acabou por mostrar para os persas um caminho alternativo, um atalho escondido, que levaria as tropas persas para trás das forças gregas, e possibilitaria uma emboscada fatal. Uma vez que Leônidas percebeu o que estava acontecendo, dispensou os demais aliados e preparou seus homens para uma investida final. Junto com ele, ficaram ainda cerca de 700 tespianos, inspirados pelos espartanos e preparados para lutar até a morte.

Os espartanos eram criados de maneira que era inaceitável a idéia de bater em retirada, daí a frase dita pelas mulheres espartanas antes de enviar seus filhos e maridos à guerra: "volta com teu escudo, ou sobre ele". A idéia era de que, ou voltas vitorioso, ou morto. Quando Esparta ia à guerra era para vencer, ou morrer tentando. Uma visão muito parecida do que quase 2 mil anos depois viria a ser a classe samurai japonesa.

Com uma estratégia preparada para primeiramente cobrir a retirada das tropas que debandavam, os espartanos se preparavam para resistir ao ataque dos Imortais (guarda pessoal de Xerxes) pela retaguarda, e da cavalaria persa pela frente. Movendo-se para aniquilar o maior número possível de persas antes de sua queda, os espartanos mostraram para os invasores o poder da falange espartana, resistindo bravamente a cada chuva de flechas que os persas enviavam.

Para os guerreiros que ficaram ao seu lado, ele disse: "Almocem comigo aqui, e jantem no inferno". Além da "maneira espartana" de nunca fugir de uma batalha, Leônidas sabia que se ele fugisse o restante da Grécia também fugiria. No final, já cercado por seus inimigos, o rei Xerxes dá uma ordem a Leônidas: “Deponham suas armas e se entreguem", Leônidas responde apenas: “Venham pegá-las". São as últimas palavras do rei espartano. Atacados por todos os lados, foram massacrados sem piedade.

Segundo Heródoto, cujo relato tido como o mais aproximado do que realmente aconteceu, o corpo de Leônidas ficou nas mãos dos hoplitas espartanos até que o último deles fosse morto pelas flechas inimigas. Depois, Xerxes ordenou que a sua cabeça fosse cortada e seu corpo crucificado. Esse não era o costume persa, mas a raiva de Xerxes por Leônidas era tão grande que ele não resistiu a esta crueldade.

Os 10 dias que os espartanos conseguiram atrasar os persas foram o suficiente para que o clima mudasse na grécia, fazendo com que os persas tivessem que esperar mais 1 mês antes de iniciar de fato sua invasão. Neste tempo, foi possível que Esparta se reorganizasse e entrasse em guerra, juntamente com a reconstruída esquadra ateniense. Este tempo também foi suficiente para que Atenas fosse evacuada antes da chegada dos persas, que destruíram a cidade, porém não foram capazes de matar um ateniense sequer.

Pouco tempo depois da queda de Atenas, em conseqüência dos graves erros táticos que Xerxes cometeu, as tropas persas foram vencidas em Salamina e ele regressou à Pérsia derrotado, abandonando seu exército, que acabou se destroçando. O imperador Xerxes jamais conseguiu se recuperar da derrota para os gregos e a partir de então não quis mais se envolver no universo das guerras.

Apenas 40 anos depois o corpo de Leônidas foi devolvido aos espartanos, que ao contrário de suas tradições, enterreram-no com todas as honras e uma demonstração de tristeza nunca vista em Esparta, cujos cidadãos aceitavam a morte em batalha como uma parte do seu curso, e consideravam sinal de fraqueza chorar seus mortos.

Hoje em dia, nas Termópilas, há um monumento em homenagem ao grande Leônidas, com a seguinte inscrição:

“Venham buscá-las.”

E um outro monumento, mais antigo, com a inscrição:

"Viajante que passas, vai e diz a Esparta que, obedientes às suas leis, aqui jazemos."

sábado, março 17, 2007

Pensamentos de uma noite chuvosa...

E aqui parado, olhando ela se arrumar, eu me pergunto: onde foi que eu acertei TANTO na vida, para ter uma namorada tão linda, tão maravilhosa, tão perfeita? Como não amá-la desse jeito tão incrível, como eu amo? Não sei, só sei que ela é tudo isso e muito mais, e eu realmente AMO ela... Muito...

sexta-feira, março 02, 2007

Crônica: Futilidade é coisa de Macho

Na vida acabou se criando uma convenção de que as mulheres foram, são e sempre serão fúteis. Nós, homens cultos, estudados e que valorizamos quesitos menos cotados como inteligência, cultura e presença de espírito simplesmente convencionamos para a sociedade de que as mulheres são, em sua esmagadora maioria, fúteis. Mesmo a menos fútil das mulheres ainda é fútil, ainda se escabela por causa de um cantinho descascado no esmalte, ainda têm aquela reação "mega-meiga" quando vêem um filhotinho, ainda acham que 2 bolsas e 6 pares de sapato é pouco.

Mas e não é verdade? Realmente, as mulheres têm certas preocupações que vemos como o cúmulo do ridículo, como ter um ataque porque saiu na rua e viu outra mulher com um vestido igual àquele que ela não usa há 3 anos, ou largar aquela célebre frase "Aiii!!! Quebrei minha unhaaa!!!", com aquele pesar choroso na voz. Mas já pararam para pensar que nós, varões reprodutores da espécie, orgulhos da mamãe, também somos totalmente fúteis?

Pois é, nós homens, por mais "cultos" que nos consideremos, por mais "pessoas" que sejamos, também temos nossas futilidades. E uma coisa engraçada que observei é que, quanto mais "cultos" ficamos, mais exigentes e mais fúteis nos tornamos. Mas aí quando imaginamos um homem fútil, logo nos vem à mente a imagem daquele cara que se veste todo charmoso, que faz as unhas, está sempre com o cabelo bem aparado, barba bem feita (ou cuidadosamente "por fazer"), que fala sobre 10 autores diferentes (em 3 línguas diferentes), escuta jazz e personifica um verdadeiro modelo de metrossexual. Mas aí é que nos enganamos.

Realmente, um homem assim tem muitas futilidades, mas não é somente ele. Os homens "com H maiúsculo" como costumam dizer por aí são as vezes muito mais fúteis do que o mais "cult" dos intelectuais. Como exemplo de "Futilidade de Macho" podemos começar pelo clássico futebol. Quer coisa mais fútil do que o ataque histérico de um vivente na frente da televisão, xingando o juíz e quase chorando, por causa de um gol perdido? Ou a capacidade de citar a escalação do seu time do coração dos últimos 5 anos, com a mesma convicção e rapidez que uma mulher conseguiria citar os estilistas de uma grife famosa na última coleção outono/inverno.

Mas não é somente no futebol que vemos o quanto nós, machões, somos fúteis. Quer maior frescura do que ficar escolhendo marca de cerveja? O resultado vai ser o mesmo afinal, variando apenas a intensidade da dor de cabeça no outro dia. Ou a babação que é quando passa aquele Mustang 67 vermelho conversível, bem devagar. Quer maior futilidade que dois homens discutindo a relação custo/benefício de um motor 1.0 e a de um motor 1.6? Só o que o carro tem que fazer é andar e gastar pouco, o resto é besteira!

Bem, não precisamos ir tão longe assim, não precisamos ser tão extremos, para mostrar como nós homens somos fúteis. Querem exemplos mais simples? O lado da cama em que dormimos, o tipo de cueca que preferimos, determinado modelo de calça, tênis/sapato, aquela vontade de comprar um sobretudo de couro bem estiloso, aquele óculos escuro que nos deixa com "pinta de malvado", o cuidado com a barba (mesmo que este cuidado seja ser apenas "totalmente descuidado"), a maneira como defendemos com socos e pontapés (mulheres defenderiam com unhas e dentes) o nosso estilo de vestir, falar e viver, e como nos sentimos superiores por sermos Homens, machões gostosões e desejados, quando uma mulher passa e fica olhando para nós. Isso tudo são futilidades, se formos analisar com os mesmos olhos que analisamos as mulheres.

Mas não pensem que eu estou me eximindo de qualquer culpa nessa história. Eu creio que sou um dos homens mais fúteis que eu conheço, por várias razões. Citando apenas algumas, todos que me conhecem sabem pelo meu capricho em usar óculos escuros ou coloridos, e que raramente permito fotos dos meus olhos. Porque isso? Porque sou fresco! Hahaha, sou fútil sim! Sabem também como sou cuidadoso com o meu jeito de vestir, e sempre procuro compor muito bem meu estilo, seja qual for o do dia (meu estilo costuma variar de acordo com o meu humor, e não existe um padrão).

Tenho bastante cuidado com o meu cavanhaque, estou orgulhoso por ter parado de roer as unhas, não gosto de futebol, sou totalmente preconceituoso para cerveja (para mim a única que merece meu respeito é a Polar "No" Export, apesar de no inverno preferir algo mais quente como um bom Rum ou um vinho tinto), só uso cuecas do tipo boxer ou samba-canção (de preferência pretas) e meias de algodão (abrindo excessão somente para meias sociais, para usar com sapato), gosto de dormir do lado direito da cama, odeio que mexam nas minhas coisas ou que entrem no meu quarto sem pedir, babo por carros "tunados" (ainda vou ter uma "tunadora").

Sou doido para ter um sobretudo de couro desenhado por mim (acreditem, eu tenho os desenhos dele), quando estou cozinhando eu odeio que venham se meter, sou extremamente exigente com as coisas que faço (qualquer coisa, desde meus textos e artes, até o empilhamento das caixas de leite dentro do armário). Uma amiga uma vez me disse que eu só não podia ser considerado um metrossexual porque era novo demais, apesar de que eu acho que ainda me falta uma carreira bem sucedida e eu não tenho nenhuma vontade de me depilar (gosto dos meus pêlos onde eles estão).

Enfim, eu sou fútil, sou fresco, e não tenho nenhuma vergonha disso. Isso porque não é apenas um determinado tipo de homem ou mulher que é fútil, pois a futilidade é inerente às pessoas independente de gênero, classe, credo ou opção sexual. Todo mundo tem suas próprias futilidades, e que me atire a primeira pedra aquele que nunca sorriu para si mesmo no espelho ao ver que aquele casaco realmente caiu bem.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Álbum Review: The Charlatans - Forever: The Singles

Imaginem uma banda que influenciou outras bandas como Oasis e Blur (e por consequência Gorillaz), e que inventou muito do que depois viria a ser conhecido como Indie Rock. Agora, imaginem que vcs não conhecem essa banda, nem nunca ouviram falar! Exatamente, uma grande injustiça, mas isso é o que mais tem no mundo da música, infelizmente.

Há algumas semanas conheci, meio que por acidente, uma banda inglesa muito boa que nunca havia ouvido falar, chamada The Charlatans. Iniciaram suas atividades em 1990, e chegaram a ficar bem famosos em seu país de origem, chegando até mesmo a fazer uma tour nos EUA (quando tiveram que adicionar a expressão UK ao nome, por causa de uma banda americana de rock dos anos 60 que também se chamava The Charlatans).

Ok, o indie talvez seja mais antigo, mas a banda é com certeza uma das maiores influências nesse meio, e inventou muitos dos elementos que as bandas posteriores viriam a apresentar nos últimos anos, e isso fica evidente na sonoridade da banda desde o começo. O som dos caras é, resumindo em poucas palavras, MUITO BOM!

Está certo que eu sou suspeito para falar, mas duvido que alguém que goste de Brit, Indie ou mesmo o bom e velho Rock não curta o som deles. Num tom bem despreocupado que lembra muito Blur, uma batida com elementos eletrônicos e teclado que deixam bem clara a formação da banda ainda nos anos 80, e um jeitão bem "Rock'nd Roll" que depois foi seguido por Oasis e outras bandas, eles se apresentam como um dos pais do Indie Rock.

Como melhor maneira de conhecer a banda, recomendo uma coletânea do tipo best of, chamada Forever: The Singles, que foi lançada em 2006. O álbum, com 18 faixas, contém uma seleção dos melhores singles da banda, entre 1990 e 2006. Através desse álbum, é possível acompanhar toda a carreira dos caras, como eles se inseriram dentro da cena musical, sem nunca ter realmente atingido um sucesso mundial.

Aqui no Brasil, pouco se ouve falar dos caras, mesmo em rádios tidas como "especializadas". Aqui em Porto Alegre temos uma rádio que está bem dentro do escopo, mas que eu nunca ouvi tocar (Rádio Ipanema), além de termos uma rádio especializada em rock (Rádio Unisinos) nas redondezas da cidade que também não toca. Ambas as rádios podem ser ouvidas pela internet, caso alguém se interesse.

O fato é que, apesar da relevância da banda, nunca estourou aqui na terrinha tupiniquim. Mas eu recomendo muito a banda, realmente o som dos caras é bom, com destaque para faixas como Indian Rope, The Only One I Know, Weirdo, Can't Get Out Of Bed (sendo essa uma das que mais tem a ver com a minha pessoa, hehehe), North Country Boy, Love is the Key e a altamente indie, com um peso fantástico, faixa Up At The Lake.

É com certeza o meu álbum recomendado da estação. A The Charlatans é com certeza uma das bandas mais relevantes dos anos 90, e quando todas essas bandas indie de hoje estavam aprendendo a tocar violão e bateria no grupo de jovens da igreja, os caras já estavam por aí fazendo tour, e inventando moda.

Álbum: Forever: The Singles
Artista/Banda: The Charlatans
Selo: Island Records
Ano: 2006
Faixas:
1. "Indian Rope"
2. "The Only One I Know"
3. "Weirdo"
4. "Can't Get Out Of Bed"
5. "Just When You're Thinkin' Things Over"
6. "One To Another"
7. "North Country Boy"
8. "How High"
9. "Tellin' Stories"
10. "Forever"
11. "My Beautiful Friend"
12. "Impossible"
13. "Love Is The Key"
14. "A Man Needs To Be Told"
15. "Up At The Lake"
16. "Try Again Today"
17. "Blackened Blue Eyes"
18. "You're So Pretty We're So Pretty" (Youth remix 2006)

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

The Boss is back!

Pois é, vivo eu estou. Apenas ando sem tempo. Essa vida de gestor não é nada barbada, hehehe.

Aqui na província as coisas estão boas. O calor está um pouco exagerado, mas mesmo que tenham cortado minhas férias em função da promoção, passar o dia todo no ar-condicionado já é uma coisa boa por si só.

Pois é, vou passar o verão no mormaço novamente, passei apenas alguns dias na praia no começo do ano, e agora vou ficar na província direto, sem mais praia. Espero que tenha novamente este ano a exposição Mormaço, sobre o verão em Porto Alegre, e como as pessoas que aqui ficam fazem para aproveitar.

No mundo da música, ando enfiado em rock'nd roll até os fundilhos. Estou com muita coisa para ouvir, e não ando tendo tempo. Tudo graças à uma novidade na mídia BR sobre música: Revista Rolling Stone, edição brasileira. Estou comprando todos os meses, e até agora não veio nenhuma ruim.

Realmente, a revista está muito boa, e a princípio tem algumas pessoas lá que realmente entendem do babado (apesar de sempre ter os jabás, mas isso é natural hoje em dia, não tem como fugir e se manter "não-alternativo"). Mas apesar disso, a revista está resistindo à modinha MTV, e tem sempre muito material bom, releases, entrevistas e uma ou outra coisa que não tem nada a ver com música, mas que não ocupa espaço saber.

Bem, passei apenas para avisar que estou vivo, bem, e em breve com novidades.