sexta-feira, setembro 29, 2006

blogLife: pensamentos de uma tarde...

Tem dias que passam devagar. As tardes nessa época do ano costumam ter uma duração quase sobrenatural, como naqueles filmes europeus em que quase nada acontece (com a diferença de que no meu caso, muita coisa acontece). Os problemas vão aparecendo, você vai resolvendo, apenas para abrir espaço para novos problemas, que também serão resolvidos.

Estranhamente, o sentimento de utilidade no mundo não alivia a sensação de solidão. Sim, as vezes me sinto sozinho, mesmo sabendo das pessoas que estão ao meu redor, e das pessoas que não estão ficisamente próximas, mas que não poderiam estar mais perto de mim em pensamentos e sentimentos.

Estou tentando tocar vários projetos adiante, sejam eles profissionais, acadêmicos ou pessoais, e até que estou conseguindo fazer algumas coisas acontecer. Mas ando constantemente com a sensação de que não estou fazendo o bastante, que eu poderia fazer mais, dar mais de mim, me dedicar mais às coisas, garantir mais resultados.

Apesar da leve melancolia, estou bem, muito bem. Trabalhando bastante, cada vez mais apaixonado e feliz. Alguns projetos pessoais meus estão finalmente saindo do papel, enquanto outros estão sendo "despriorizados", em função de outras coisas mais importantes.

Bem, ando meio sem novidades, acho que a maior novidade ainda está por vir (muito em breve), e eu espero nos próximos dias já poder divulgar para vocês um novo espaço.

No que se refere a música, tenho ouvido muita coisa diferente, e queria deixar uma recomendação para vocês: Stone Sour. Banda liderada pelo vocalista do Slipknot, Corey Taylor, realmente surpreende. Pretendo falar mais deles, e de outras bandas em breve. Por enquanto, deixo para vocês a música deles que eu mais gostei. Espero que curtam.

Through Glass
Stone Sour


I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
Oh God, it feels like forever
But no one ever tells you that forever
Feels like home, sitting all alone inside your head

Cause I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
All I know is that it feels like forever
But no one ever tells you that forever
Feels like home, sitting all alone inside your head

How do you feel? That is the question
But I forget, you don't expect an easy answer
When something like a soul becomes
Initialized and folded up like paper dolls and little notes
You can't expect a bit of hope
So while you're outside looking in
Describing what you see
Remember what you're staring at is me

Cause I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
All I know is that it feels like forever
No one ever tells you that forever
Feels like home, sitting all alone inside your head

How much is real? So much to question
An epidemic of the mannequins
Contaminating everything
When thought came from the heart
It never did right from the start
Just listen to the noises
(No more sad voices)
Before you tell yourself it's just a different scene
Remember it's just different from what you've seen

Im looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
And all I know is that it feels like forever
No one ever tells you that forever
Feels like home, sitting all alone inside your head

Cause I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
All I know is that it feels like forever
No one ever tells you that forever
feels like home, sitting all alone inside your head

And it's the stars, the stars
That shine for you
And it's the stars, the stars
That lie to you, yeah

And it's the stars, the stars
That shine for you
And it's the stars, the stars
That lie to you, yeah

I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
Oh God it feels like forever
But no one ever tells you that forever
Feels like home, sitting all alone inside your head

Cause I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
All I know is that it feels like forever
But no one ever tells you that forever
feels like home, sitting all alone inside your head

And it's the stars, the stars
That shine for you, yeah
And it's the stars, the stars
That lie to you, yeah

And it's the stars, the stars
That shine for you, yeah
And it's the stars, the stars
That lie to you, yeah

Oh, we're the stars
Oh, we're the stars that lie


Bom som para emoldurar esta sexta-feira...

segunda-feira, setembro 18, 2006

Opinião: A opinião dos eruditos

Escrever sobre algum assunto mais genérico, que não exija muita especialização, é realmente muito mais fácil. Não pela facilidade de se produzir conteúdo em si, mas também pelas opiniões geradas pelo texto. Quando escrevemos para especialistas, o nível de cobrança é épico, e em 99% das vezes, ninguém vai concordar com o que você disse, podendo até mesmo chegar ao nível de ridicularizar o autor.

Quando escrevemos sobre um assunto que exige um maior nível de especialização, um assunto específico e que não é de domínio do grande público, normalmente quem vai opinar são outros especialistas, e que normalmente não terão a mesma opinião que o autor sobre o assunto.

O que complica mais a escrita para "eruditos" são exatamente as opiniões, o "feedback". Eruditos muitas vezes me passam a impressão de se sentirem na obrigação de discordar, eles PRECISAM dizer algo em contrário do que está escrito, como se o contraponto fosse na verdade um dever cívico.

Acho que neste ponto, não posso me considerar um especialista em nada, e sim um tremendo generalista mesmo. Consigo gostar do que os outros escrevem, e muitas vezes até tenho opiniões que não estão 100% de acordo com o texto, mas prefiro acrescentar conteúdo e idéias, do que invalidar totalmente um texto, ou até mesmo ridicularizar o autor.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Opinião: Banalização do sexo

Alguns dias atrás estava eu caminhando pela província, voltando do almoço sozinho, quando me deparei com uma propaganda que me chamou a atenção: uma morena dentro de uma lingerie vermelha, com um ar entre sensual e o pornográfico, Photoshop trabalhando pesado, com um sofá fora de foco no fundo. Em plena esquina da Goethe com a Mostardeiro.

Antes que pensem mal de mim, vou explicar. O que me chamou a atenção é que a propaganda digna de uma campanha da Victoria's Secret era de uma loja de móveis. Isso mesmo, móveis! Ao invés de mostrar o móvel, eles preferiram aproveitar e chamar a atenção do público com uma morena semi-nua, em uma das esquinas mais movimentadas da cidade.

Isso me fez pensar que, mais do que nunca, estamos usando o sexo para vender de tudo. Não duvido que em breve comecemos a usar o sexo para vender até mesmo religião! Imaginem: um cartaz cheio de jovens garotas lindíssimas, e rapazes sarados, comportadamente vestidos, porém deixando revelar contornos para lá de atraentes, dizendo "venha para a juventude cristã".

Aos poucos, através da mídia, estamos banalizando cada vez mais o sexo, transformando-o em uma ferramenta de mídia que cada vez causa menos impacto. Essa "liberdade" que temos hoje, que nos permite mostrar qualquer coisa na TV, rádio e jornais, acaba por desvalorizar o sexo, tornando-o algo frívolo, de pouca importância, e aí vemos os jovens perdendo a virgindade cada vez mais cedo, dormindo juntos com o consentimento dos pais antes mesmo de terminar o ensino fundamental...

Enfim, vemos o sexo algo cada vez mais corriqueiro, menos importante, não é mais algo que as pessoas fazem porque se gostam, e sim algo que as pessoas fazem porque se encontraram numa esquina e rolou química. Propagandas cada vez mais provocantes, programas de TV cada vez mais bagaceiros (vide aquele lixo que é o programa do Leão e aquele Zorra Total), a indústria do sexo deixou de ser um mercado exclusivo do meretrício, e agora passa a ser um nicho explorado por pessoas com nível superior e até pós-graduação.

Existem vários fatores que contribuem para esta mudança de valores, e não estou aqui tentando bancar o falso moralista, mas foi uma coisa na qual pensei dia desses. Talvez as pessoas devessem usar mais a peça que têm entre as orelhas, para ver o que a mídia está fazendo conosco.

Se bem que as eleições estão aí de novo, e lá vamos nós, povo marcado, povo feliz, reeleger os mesmos ladrões de sempre... O que esperar desse povo?

segunda-feira, agosto 14, 2006

blogLife: de volta à poesia

Engraçado observar que, quando nossa vida se acelera, a primeira coisa da qual nos livramos para aliviar o peso é a poesia. Ironicamente, é normalmente uma das coisas que mais nos fazem sentir leve e pronto para encarar o mundo.

Pois é, a vida anda corrida, e eu não tenho mais tempo para escrever no blog. Nem comentar notícias, nem dar teorias, nem dicas de música, nem nada. Mas a música certa, no momento certo, é capaz de inspirar qualquer um a escrever novamente. E caiu bem, nesse momento.

Agora já é oficialmente 14 de agosto, e em 2 dias será meu aniversário. 24 anos de vida, 2 anos de Mercador, uma dupla comemoração, em um momento de muita pressão e responsabilidade, tanto profissional quanto pessoal e emocional.

Certa vez me disseram que vivemos nosso inferno astral no mês exatamente anterior ao nosso aniversário, e que depois desta data, as coisas se acalmam e se ajeitam. Bem, eu espero sinceramente que esta conta esteja certa, porque eu ando inseguro. E eu odeio não ter certeza das coisas.

Mas como sempre, estou reagindo bem ao mundo, tentando aguentar a barra, tentando ser forte, por mim e por aqueles com os quais me importo. Andei muito tempo fora, acho que nunca tinha ficado tanto tempo longe de casa antes, e isso acabou reforçando em mim certos valores e compromissos auto-impostos, e me fazendo perceber uma coisa muito importante.

Ao longo da minha vida, tomei muitos caminhos errados, cometi muitos erros, e com alguns destes erros eu aprendi. Mas em toda minha vida, nunca tomei uma decisão sozinho, por mim mesmo. Sempre tomei minhas decisões em função do que os outros esperavam de mim, seja para satisfazer tais expectativas, seja para provar que ninguém controlava minha vida, além de mim mesmo. Bem, no final eu estava errado, e mesmo que indiretamente, eu permitia que o resto do mundo controlasse para que lado eu iria, nunca dirigindo de verdade minha vida.

Mas de uns meses para cá, tenho tomado decisões mais confiantes, dado passos mais importantes, sido mais sincero comigo mesmo, e bem devagar as recompensas têm vindo. Ainda não tive nada de concreto, para olhar e dizer "ok, isso foi por algo certo que fiz na vida", mas quem sabe as recompensas não comecem a aparecer logo ali, depois da próxima curva? Ou da outra? Quem sabe? Eu não sei, mas pretendo descobrir, logo.

No dia 16 de agosto de 1982 eu chegava ao mundo, e provavelmente nem Deus fazia idéia de quem eu iria me tornar. Que tipo de pessoa aquele guri estranho iria se tornar? Bem, 24 anos depois eu ainda não sei responder esta pergunta, mas se não sei exatamente aonde estou, pelo menos já sei qual direção tomar, e onde quero chegar.

Tenho comigo alguns tesouros, coisas e pessoas valiosas que pretendo carregar comigo pelo resto do caminho, e uma estrada desconhecida adiante. Mas confesso, ao mesmo tempo que tenho essa curiosidade que me enlouquece, e me faz seguir adiante, também tenho medo, porque não sei o que estará me esperando depois da curva. Mas talvez seja o momento de parar de andar de carona, e assumir a direção da minha própria vida. Talvez esteja na hora de crescer, e me tornar o homem que nasci para ser.

24 anos... Não sou mais um guri... E o que quer que o amanhã me reserve, eu estarei lá, de braços abertos, e olhos atentos...


Drive
Incubus


Sometimes, I feel the fear of uncertainty stinging clear
And I can't help but ask myself how much
I'll let the fear take the wheel and steer.
It's driven me before, and it seems to have a vague,
counting mass appeal.
But lately I'm beginning to find that I
should be the one behind the wheel.

Whatever tomorrow brings,
I'll be there with open arms and open eyes, Yeah
Whatever tomorrow brings, I'll be there..I'll be there.


So, if I decide to waiver my chance to be one of the hive
Will I choose water over wine and hold my own and drive?
It's driven me before and it seems to be the way
that everyone else gets around.
But lately I'm beginning to find that when
I drive myself my light is found.


Whatever tomorrow brings,
I'll be there with open arms and open eyes, Yeah
Whatever tomorrow brings, I'll be there...I'll be there.

Would you choose water over wine....hold the wheel and drive?

Whatever tomorrow brings,
I'll be there with open arms and open eyes, Yeah
Whatever tomorrow brings, I'll be there..I'll be there.

segunda-feira, agosto 07, 2006

24º Dia Internacional do Cristiano Molina - Irish Edition

Então pessoas, é chegada a hora!

Comemoração do meu aniversário de número 23-B no próximo sábado, dia 12 de agosto, no Shamrock Irish Pub.

Mais detalhes? Acesse o site da festa.

segunda-feira, julho 24, 2006

blogLife: Breve estadia na província

Passagem rápida por Porto Alegre, voltando para São Paulo amanhã... Sinto falta da boa música, e graças a deus tenho meus MP3 para me salvar.

E falando em música, tenho ouvido muito um CD que tem se mostrado cada vez melhor. O "Tributo a Odair José" conta com grandes nomes da música brasileira atual, em arranjos fantásticos. Destaque para as versões de Paulo Miklos, Suzana Flag, Pato Fu, Picassos Falsos e para o gênio, Arthur de Faria e seu conjunto. Na minha opinião, só faltou o Rei Frank Jorge, e a obra estaria completa. Um album que com certeza recomendo, e que para quem gosta de comprar CDs, tu encontra por menos de R$ 20,00.

Abaixo então, uma das músicas do album que mais me chamou atenção, e que tenho ouvido direto. Odair José, com certeza um gênio incompreendido, e que agora recebe a devida homenagem.

Vida que não pára
Suzana Flag


Vida que não pára
Máquina que voa
Quanta gente andando à toa

Coração de ferro
Mente de metal
Nasceu no espaço sideral

Conte comigo
Sou seu amigo
Pode confiar em mim
Não tenha medo
Não faça segredo
Pois a vida não é assim

Você que pensa que o mundo é quadrado
Você que pensa que o amor não existe
Você que acha que anda tudo errado
Por causa disso é que está sempre triste


Gente bem de vida
Povo da favela
Casa que não tem janela

Mundo sem prazer
Noites de agonia
Quem levou minha alegria?

Conte comigo
Sou seu amigo
Pode confiar em mim
Não tenha medo
Não faça segredo
Pois a vida não é assim

Você que pensa que o mundo é quadrado
Você que pensa que o amor não existe
Você que acha que anda tudo errado
Por causa disso é que está sempre triste


É... Definitivamente, meu mundo não é quadrado... ;)

segunda-feira, julho 10, 2006

Enquete: Trilha para a estrada

Pois é, em conversas via e-mail, me surgiu a idéia de fazer uma "mini-enquete" aqui no blog, para saber de vocês, qual seria sua música ideal para ouvir em um momento de reflexão, com apenas a estrada à sua frente.

Então...

Qual a sua trilha sonora, para pegar a estrada?

sexta-feira, julho 07, 2006

Música: O Velho e Bom Rock

O Rock foi o precursor de diversos gêneros musicais, a fonte da qual a grande maioria do gêneros populares hoje nasceram. Não existiria a maior parte do que se ouve hoje, se não fosse o bom e velho Rock'nd Roll, nascido lá nos idos dos anos 50.

Hoje estava lendo algumas críticas totalmente não-profissionais sobre uma coletânea baseada em um seriado que gosto muito. Críticas de outras pessoas que ouviram a coletânea, e discordavam sobre a natureza do conteúdo da mesma. Acho interessante como o conceito de "Rock" se distorceu ao longo das décadas.

Surgido lá nos anos 50, passou por uma época dourada, que mais tarde viria a ser conhecida como "Rockabilly", com influências das big bands americanas, e raízes no jazz, blues e até mesmo na música country americana. Nos nos 60 ganhou o mundo, tendo como sua principal representante uma banda chamada "Beatles", e estabeleceu o padrão do que viria a ser o Rock dali em diante.

Nos anos 70, as bandas épicas surgiram, quase todas remanescentes do movimento hippie iniciado no final da década de 60, e tivemos grandes nomes como Pink Floyd, Kiss, Black Sabbath, etc. Os shows eram cada vez mais grandiosos, e lembravam eventos épicos, quase cósmicos. Eu gostaria de ter vivido nessa época.

Foi a partir dos anos 80 que as coisas começaram a ficar confusa, com o surgimento e/ou popularização de diversos subgêneros de Rock, e o surgimento do seu filho mais nobre, o Metal. Não vou entrar nos detalhes de como ocorreu todo esse movimento de subdivisão do rock, pelo menos não neste texto, mas é exatamente nesse ponto que as pessoas começaram a confundir o Rock e o Metal.

Hoje tem gente que, quando escuta um grande clássico do Rock, acaba considerando "música velha ou chata", querendo comparar à ícones do Metal como Metallica, por exemplo. Incrivelmente, tem gente que acha que o Rock americano clássico está mais para Country do que para Rock.

Fico um pouco triste que muita gente da geração atual tenha a cabeça tão fechada para tantas coisas boas que se fez no passado, achando que dos anos 70/80 só o que presta é Pink Floyd, Kiss, Black Sabbath/Ozzy Osbourne, AC-DC e companhia. Tem muita coisa boa que ninguém valoriza, tem Eagles (e ao contrário do que a maioria pensa, eles não lançaram somente Hotel California), Allman Brothers Band, Bachman Turner Overdrive, Blue Oyster Cult, Echo And The Bunnymen, Boston, Kansas, Free, Lynard Skynard e muitas outras coisas muito boas, mas que as pessoas deixam de ouvir por puro preconceito.

Meu conselho é: quer ter a capacidade de realmente apreciar diversos gêneros musicais, e saber o porque de tu gostar de determinada coisa, e não gostar de outra? Estude as origens, estude as décadas de 60 e 70, e o início de 80. Entenda algo de música, antes de criticar e chamar Rock'nd Roll de verdade de Folk. :S

quarta-feira, junho 28, 2006

Música: My Player Ipanema

E não é que a Rádio Ipanema saiu na frente na interatividade?

A rádio lançou ontem o programa My Player Ipanema, no qual a programação das madrugadas será literalmente feita pelos ouvintes. Através do site da rádio, os ouvintes cadastrados poderão eles mesmos montar a programação da madrugada, escolhendo cada um uma música e uma vinheta para tocar.

A escolha é feita a partir de uma base de aproximadamente 3000 músicas, e não passa por nenhum tipo de filtro por parte dos comunicadores da rádio. É interatividade total mesmo, sem censura, tendo como único critério ter a escolhida na base de músicas disponibilizada pela rádio.

Ontem o comunicador da rádio Eduardo Santos falou no ar sobre o lançamento do programa, dizendo que a rádio só fez isso pois sabe os ouvintes que tem, e por isso se sentiu segura para largar essa responsabilidade na mão do público. Eduardo acrescentou também que o programa de estréia já deixava bem evidente a principal característica da rádio e dos ouvintes da mesma: uma programação totalmente eclética, porém de altíssima qualidade.

Ao contrário de outras rádios, que disponibilizam sempre as mesmas poucas dezenas de músicas, e mesmo assim evita tocar músicas muito alternativas ou que não estejam com um forte apelo comercial no momento, a Ipanema entregou a programação da madrugada para os ouvintes, o que com certeza vai refletir o que de fato o pessoal gosta de ouvir (e não apenas o que os ouvintes estão acostumados a ouvir, por imposição comercial de outras rádios).

Para participar da programação, basta acessar o www.ipanema.com.br, e clicar em "My Player". Fazendo o cadastro, você terá acesso à base de músicas e vinhetas, e poderá dar sua contribuição para o programa da próxima madrugada. Cada ouvinte cadastrado tem direito a escolher uma música e uma vinheta por dia.

Eu já fiz minha contribuição para hoje, estreando no melhor estilo portoalegrense, com o hino Amigo Punk, da Graforréia Xilarmônica, que vai rodar por volta da 1h40 da madruga, com vinhetinha da "zona sul". A sintonia da rádio é 94.9 FM, e para quem não é de Porto Alegre, pode curtir a rádio direto pelo site também. Atualmente a rádio é a que melhor define a cara de Porto Alegre, a única rádio "college" da capital gaúcha.

Parabéns para a rádio pela iniciativa.

quarta-feira, junho 14, 2006

Webdesigner x "O Guri do 404"

Um texto meio antigo, escrevi no ano passado, mas acho que ainda é bastante atual. É um dos meus textos prediletos, dentre os muitos que escrevi no blog antigo.


:: Webdesigner x "O Guri do 404" ::

Eu estava pensando dia desses. As áreas ligadas à informática sofrem da falta de um conselho que regule a profissão, e faz com quem qualquer um que "saiba" alguma coisa sobre o assunto possa exercer. Qualquer um se diz "técnico", e desvaloriza a profissão e os profissionais como um todo. E isso se agrava quando falamos de internet.

Existem muitas diferenças entre um profissional que estudou realmente sua profissão, com fundamentação teórica, com conhecimentos provenientes de pesquisas bem elaboradas, e experiência séria no mercado, e um "curioso", que leu alguns livros, baixou alguns programas e apostilas, e aprendeu tudo na prática, sem um conhecimento profundo e real do assunto.

Na informática, existe um personagem fictício chamado "o guri do 404", que é aquele filho do vizinho que a gente sempre ouve falar quando passamos um orçamento. "Tudo isso? Mas o filho do vizinho do 404 disse que faz pra mim, e me cobraria menos da metade disso". Bem, sempre que eu escuto isso de um cliente, tento negociar, e se o cliente bater muito na tecla do preço estar muito alto, dispenso o job. Isso mesmo, eu dispenso o cliente.

Como não dependo do trabalho de webdesigner para viver, afinal tenho outra ocupação pela qual sou relativamente bem pago, me dou ao luxo de escolher para quem trabalho, e quais trabalhos vou pegar. Também por não depender dos jobs como webdesigner e designer, acabo por manter uma tabela de preços um pouco abaixo da média do mercado, mas não muito. Quando um cliente reclama do preço, é o primeiro passo para perder pontos comigo e acabar por ser dispensado em um job futuro.

A diferença entre um bom profissional e "o guri do 404" não é apenas o preço. A tendência da sociedade é inundar cada vez mais o mercado com os "falsos profissionais", pois nos últimos anos a profissão de design ganhou cada vez mais visibilidade, e hoje as pessoas vêem os profissionais dessa área como "pessoas de glamour e sofisticação". Tem muita gente por aí que estufa o peito na hora de falar "sou webdesigner", mas sem nunca realmente ter ido além de algumas brincadeiras no Photoshop e no Frontpage.

A própria expressão "design" hoje em dia foi subvertida, e temos novos profissionais por aí se entitulando "hair designers", "fashion designers", "living designers", quando na verdade são cabeleireiros, costureiros e decoradores. Pessoas são engraçadas, mas esse é outro mérito. O que eu quero demonstrar nesse parágrafo é um dos motivos pelos quais a profissão de design está tão mal cotada. Qualquer um se diz "designer" ou "webdesigner" hoje em dia, e os clientes passam a achar que estão fazendo um favor ao contratar um profissional.

Hoje, ao mesmo tempo em que um designer é uma pessoa que detém um grande status na sociedade, academicamente ainda carece de reconhecimento no mercado. Não existem pesquisas válidas e amplamente divulgadas na área, ao contrário de outras profissões mais técnicas ou científicas. Atualmente, design é visto somente como "estética", quando na verdade profissionais sérios se preocupam também com outros aspectos do design que são ignorados pelos leigos e curiosos.

Design não é apenas estética, não é apenas "fazer coisas bonitinhas". Design hoje em dia engloba conceitos como combinações cromáticas, ergonomia, praticidade, familiaridade, identificação, marketing; design hoje é vender, é desenvolver um ambiente não apenas atraente, porém prático e confortável, é fazer com que o usuário e/ou cliente realmente compre o que está vendo. Design é fidelização!

O profissional que se diz designer ou webdesigner hoje tem muito mais responsabilidade do que se imagina. O bom profissional da área deve compreender os diversos conceitos agregados ao serviço, e desenvolvê-los de maneira responsável, primando sempre pela qualidade. O bom profissional sabe o valor que tem, e por isso mesmo acaba "custando mais caro".

E agora, falando em "custo", entra um outro detalhe. O bom profissional não "custa", é um investimento. No momento em que algo passa a ter "custo" em uma campanha, deixa de ser necessário. O leigo ou curioso sim custa, pode até custar pouco, mas é custo. O que é pior para uma empresa? Ter um custo baixo ou um investimento? Depende do resultado esperado. Garanto que o "guri do 404" não vai dedicar boa parte de seu tempo a estudar e desenvolver seus conhecimentos, investir em cursos, seminários, livros, revistas, deixar seus joguinhos online de lado para estudar, pois se o fizer, vai acabar cobrando mais por seus serviços, e deixará de ser um leigo, entrando para o hall dos "profissionais".

Porque contratar um profissional de design? Pela mesma razão que se contrata um profissional de engenharia ou arquitetura, ou um construtor. Qualquer um pode desenhar uma casinha, qualquer um pode empilhar uns tijolos, mas são esses profissionais que têm o conhecimento teórico e prático real, que se especializaram, para realizar tais funções de maneira competente e segura, e que têm certificados e diplomas que confirmam sua capacidade. Você entregaria o projeto da sua casa para o filho do vizinho que leu um livro sobre construção e fez uma casinha de cachorro para treinar? É a mesma coisa.

A área de design ainda carece de boas pesquisas e trabalhos sérios que tratem do assunto de maneira mais técnica e menos sensacionalista, mas já existem pesquisas e conceitos bem desenvolvidos, que são usados pelos profissionais sérios da área. Como em toda profissão, existem bons e maus profissionais, resta ao cliente decidir que tipo de resultado ele espera, e arcar com as consequências de tal escolha. Resta ao cliente saber se quer um baixo custo, ou um investimento.

terça-feira, maio 30, 2006

Província: Chove na tarde fria

"Chove na tarde fria de Porto Alegre
Trago sozinho o verde do chimarrão"


Já dizia Vitor Ramil, em sua célebre Ramilonga. E em Porto Alegre, de fato está chovendo, e chovendo bastante. A cidade fica com uma cara diferente em dias chuvosos, e aumenta o sentimento daqueles que por ela são apaixonados.

Esse friozinho, essa chuva, parafraseando meu amigo Veluza, um dia perfeito para vinho, janelão e portishead. Apesar de que eu substituiria o vinho por uma boa xícara de chá Earl Grey (ou um conhaque, dependendo do horário e da companhia), acrescentaria à Portishead mais alguns nomes (como Morphine, Kings of Convenience, The Verve, quem sabe até arrisco Moby), e acrescentaria uma confortável poltrona, à frente do janelão, com uma boa vista da cidade.

Certa vez li uma crônica, acho que era do Veríssimo, falando sobre como o fogo faz com que a inspiração e as idéias nasçam com mais facilidade. Acho que a chuva tem um efeito parecido, apesar de nos tornar mais introspectivos, enquanto o fogo nos faz querer expressar tudo o que pensamos e que sentimos.

"Observa a chuva, guri... E conhece melhor a ti mesmo..."

segunda-feira, maio 29, 2006

Cinema: Muito Barulho por Nada

Não, não estou falando da adaptação de Kenneth Branagh da obra de William Shakespeare (Much Ado About Nothing, 1993). Estou falando da mais recente obra fantástica do cinema: O Código da Vinci.

Desde já aviso que, se você não viu o filme ainda, não vá adiante. Vou fazer comentários sobre detalhes do filme que estragariam totalmente a diversão de quem não viu o filme ainda.

Bem, vamos ao texto. Sinceramente, acho que a igreja católica estava com medo à toa. Primeiramente, porque qualquer cristão que abandone sua fé por causa de um filme de ficção não é um cristão de verdade, e sim alguém que estava só matando tempo, esperando alguma coisa melhor (ou talvez mais fácil). O fato de que os mais fervorosos críticos da obra serem pessoas com fortes interesses políticos (e que até mesmo admitem não terem lido o livro, nem assistido o filme) apenas reforça a idéia de que esse tipo de "crítica" é irresponsável, feita por pessoas ignorantes.

Em segundo lugar, o filme mantém a mesma mensagem final do livro. Não se está atacando a santidade de Cristo no livro, e o filme reforça essa mensagem. O que se ataca é a corrupção da fé, através da igreja dos homens. A censura, a ocultação da verdade, trabalhando com fatos históricos bem conhecidos por qualquer um que se dê ao trabalho de ler um artigo científico imparcial sobre as origens da Igreja Católica.

A mensagem final do filme, belamente ilustrada pela cena final de Robert Langdon (Tom Hanks) ajoelhado sobre a pirâmide invertida do Louvre, e reforçada pelo diálogo final entre Langdon e Sophie Neveu (Audrey Tautou), não é a destruição da fé católica. Bem pelo contrário!

Afinal, porque Jesus não poderia ter se casado, tido um filho com Maria Madalena, e ainda assim continuar sendo o homem santo que foi? Sua mensagem, tão poderosa que atravessou milênios, ainda é uma das mais belas já propagadas, e sinceramente, o filme não enfraqueceu minha fé em Cristo, nem a abalou. Bem pelo contrário, reforçou-a, com a adição de um elemento que para mim também é muito forte: a adoração da mulher, como ventre sagrado da vida. E eu creio que outras pessoas também ficaram com esta forte impressão do filme, pelos rostos que vi ao sair da sessão.

Bem, não vou me aprofundar na filosofia envolvendo o filme e suas questões polêmicas. Apesar das críticas negativas que li em todos os sites especializados que visitei (deve ser alguma vontade dos críticos brasileiros de imitarem os famosos críticos presentes em Cannes este ano), eu gostei da adaptação. Ron Howard conseguiu sintetizar na película a trama apresentada no livro, de forma que ficou bem claro para aqueles que não leram o livro, ou que não se dedicaram a estudar as teorias apresentadas no mesmo.

Claro, mas a adaptação não ficou perfeita, como já era de se esperar. Adaptações cinematográficas de livros nunca ficam perfeitas, afinal eles têm que cortar muita coisa, para manter o ritmo e ficar dentro do tempo estipulado para duração do filme. Alguns pontos que gostaria de citar, que poderiam contribuir para o enriquecimento do filme:

1) A atriz Audrey Tautou definitivamente não foi a melhor escolha para viver a policial francesa. Ela teve uma atuação meio fraquinha, e lhe falta uma característica física que para mim seria imprescindível para definir a personagem: ela não é ruiva. E a personagem é ruiva, e apesar de não ter feito falta, é um fato importante.

2) A escolha de Tom Hanks para o papel, ao meu ver, não foi a mais acertada. Apesar de Hanks estar crescendo cada vez mais como ator, e ter grandes atuações em seu currículo (bem como alguns fracassos), na minha opinião outro ator caracterizaria Robert Langdon com muito mais precisão: Colin Firth. Tanto que quando li o livro pela primeira vez, quando montei uma imagem mental do personagem principal, foi o rosto de Colin Firth que me veio à mente.

3) No filme, o roteiro transforma Jacques Sauniére em um "Grão-Mestre Tutor Secreto", e não no avô legítimo de Sophie; da mesma maneira, não foi dada a ênfase necessária para o fato dela ter cortado laços com o avô após testemunhar sua participação em um ritual pagão, fazendo sexo com uma mulher desconhecida para ela.

4) Apesar de aparecer no filme o personagem correspondente, o zelador da igreja no final do filme não é o irmão de Sophie, e não é ruivo; ao invés disso, a adaptação apresenta um bando de seguidores secretos do Priorado de Sião, e uma avó que pouco destaque tem no filme.

Claro, existem vários outros detalhes que eu acho que poderiam ter sido mais bem trabalhados, mas não são apenas pontos negativos. Apesar das modificações, a adaptação seguiu fielmente a história central do livro, apresentando de maneira maestral os cenários descritos na obra de Dan Brown. A fotografia do filme é maravilhosa, a cena final realmente me deixou emocionado (alguém ainda vai testemunhar Cristiano Molina se ajoelhando perante a pirâmide invertida, podem ter certeza), a atuação de Sir Ian McKellen ficou maravilhosa, bem como a de Paul Bettany no papel do vilão Silas, e saí do cinema com um sentimento de fé renovada (seja qual for minha fé, de fato).

Costumo ir ao cinema para me divertir, não para criticar um filme do início ao fim (como algumas pessoas que eu conheço parecem gostar de fazer), e considerei um bom investimento ter ido assistir ao Código. Recomendo...

quinta-feira, maio 25, 2006

blogLife: Vida de Gado

Êôô, vida de gado...

Por mais que os médicos sejam atenciosos, simpáticos, que saibam lidar com as pessoas, e fazer um paciente se sentir tranquilo, os laudos dos exames sempre te fazem sentir um eletrodoméstico. Ou pior: um animal de coberta.

Nos exames que fiz hoje, a notícia ruim é que eu estou com apenas 56% da capacidade pulmonar, e que segundo o médico, sim, eu tenho asma. Sempre tive, apesar de ser tão leve que se passava por uma leve falta de ar depois de fazer exercícios.

A notícia "boa", segundo o que está escrito no laudo, é que eu sou "aceitável e reprodutível". O que significa isso? Que eu sou um cara simpático e não vou morrer por falta de ar na hora "H"? Que não faria um grande mal para o mundo se eu gerasse descendência?

Caramba, sempre que eu leio esses laudos de exames, eu fico pensando que seria bom se o médico me conhecesse melhor antes de redigí-lo. Quem sabe sair pra tomar uma Polar na Lima e Silva, ver uns filmes do Jack Shan, um joguinho de RPG... Qualquer coisa que me tornasse algo mais do que meramente "aceitável e reprodutível".

Já imaginaram o comercial na TV? "Compre o novo Cristiano Molina, agora com baixo consumo de oxigênio e totalmente aceitável e reprodutível! Mas espere, se você ligar agora, ainda leva uma inovadora escova para pentear leoninos, totalmente grátis!"

Quem sabe se, ao invés de apertar a mão do médico, eu lhe der um abraço da próxima vez...

quarta-feira, maio 24, 2006

Província: as terras gélidas do sul

"A noite mais fria do ano até agora cobriu de branco o Rio Grande do Sul."

É o que diz a Zero Hora de hoje. E de fato, quem saiu cedo de casa hoje pôde testemunhar belas cenas, com campos cobertos pela geada, e uma bela serração (que no resto do Brasil tem gente que chama de "neblina").

De fato, apesar da temperatura estar mais branda hoje de manhã quando eu saí de casa (9º, contra os 4º de ontem), a serração e o vento constante soprando de sudoeste estavam de gelar até os ossos. Ainda agora, 11h passadas, olho pela janela, e vejo a serração cobrindo os prédios.

Penso que para o pessoal de São Paulo isso não deva ser novidade, com a diferença que a nossa serração é causada pelo frio, e a deles pela poluição. E depois tem gente que me pergunta porque eu sou tão apaixonado por essa cidade. Fazer o que? Eu sou provinciano!

Agora, como além de provinciano eu sou "caxias", mesmo com atestado e recomendações médicas para ficar em casa hoje, levantei cedinho e vim trabalhar. Eu não ia conseguir ficar tranquilo em casa de qualquer maneira, pelo menos aqui eu consigo fazer algo de útil, e resolver alguns problemas.

Então volto lá, pro meu trabalho, e vou seguir tomando meu chá quente. Saudações acaloradas, nesse clima gelado.

E viva o Comandante Adama!

terça-feira, maio 23, 2006

Música: Vocalista do Kaiser Chiefs é ninja!

E nas ilhas britânicas a coisa tá pegando, hehehe...

No último domingo, 21, o vocalista da banda britânica Kaiser Chiefs foi atropelado "bem de leve" na cidade natal dele, Leeds. Ricky Wilson atravessava a rua, na faixa de segurança, e com o sinal de pedestres verde para ele, quando um carro de pequeno porte avançou o sinal.

Wilson, famoso pelos saltos acrobáticos que dá nos shows da banda, escapou de um acidente mais sério exatamente por esta sua louca marca registrada. Ele tentou saltar por cima do carro, porém acabou sendo pêgo pelo parabrisa do veículo. Mesmo assim, ele apenas quebrou um dedo e teve algumas contusões.

No site oficial da banda, divulga-se o seguinte: "Isso pode soar como uma brincadeira, mas o que provavelmente salvou "Ricky' foi sua marca registrada, os pulos. Ele é o homem mais sortudo do mundo por ainda estar vivo."

A polícia britânica confirma se tratar de um carro de pequeno porte, que fugiu sem prestar socorro. Bem, para aqueles que falavam mal das performances nada tradicionais do cara no palco, essa foi a prova de que a música pode sim, te salvar.

Bem, essa foi por pouco, pois quase perdemos um integrante imprescindível, de uma ótima banda. O Kaiser Chiefs recebeu 12 indicações ao Mercury 2005, um dos mais importantes prêmios da música britânica. Também conseguiu seis nomeações ao Brit Awards 2006: melhor grupo britânico, álbum, performance ao vivo, performance de rock e performance revelação.

Em 2005 os caras lançaram o album de estréia, "Employment", onde emplacaram sucessos como "Na Na Na Na Naa", "Oh My God" e "I Predict a Riot" (que foi lançado primeiramente em um single homônimo, em 2004). Aqui no Brasil, o primeiro som deles que eu ouvi foi justamente "Oh My God", que me chamou muito a atenção pela sonoridade mais "'cool", mais suave, porém ainda assim com uma veia muito forte de rock 'nd roll.

Província: E chega o inverno!

Pois é, pessoas, chegou o inverno na província...

Friozinho de 4º ao acordar, máxima prevista de 16º (isso porque temos sol), e o minuano soprando manso, só pra aumentar a sensação de frio. Ironicamente, nesses dias eu saio da cama mais cedo.

Esse frio é uma das marcas registradas do Rio Grande do Sul, e digo com certeza que, quem ainda não veio para Porto Alegre no inverno, nunca veio à Porto Alegre.

Tomar um vinho na República, um creme de queijo no Van Gogh, reunir os amigos para um "queijos e vinhos" na beira do fogo, ou mesmo um churrasquinho com a gurizada... No inverno é muito mais gostoso.

Um brinde ao inverno, que como tudo na vida, tem seu lado ruim, e tem me posto gripado nas últimas quase 7 semanas...

sexta-feira, maio 19, 2006

Tecnologia: 8º ILPI

Então, ontem participei do 8º Encontro Locaweb para Profissionais de Internet.

Minha opinião? Muito bom. Fora a última palestra que me pareceu irrelevante, o encontro todo foi muito bom, muito útil.

Destaque para as palestras dos executivos do Google e Microsoft, que apresentaram novas tendências no mercado de desenvolvimento de websites, e para a maneira que se faz negócios na web. Destaque também para a palestra do Mario Persona, que foi fora de série. O cara realmente é muito bom. Eu realmente recomendo o do ano que vem, para quem quiser ir. Vale muito a pena, tanto em termos de informação, quanto em termos de networking.

Dentre as novas tendências apresentadas no encontro, destaque para a tecnologia Ajax, e para o produto Atlas (framework da Microsoft para desenvolvimento em Ajax). Vai ser algo realmente legal de se usar, apesar de ainda ser um pouco complicado de se desenvolver, visto que não existem muitas bibliotecas disponíveis. Já na área de Marketing, o novo modelo de negócios em publicidade norteado pelo Google (e que já está sendo copiado pelos provedores, tais como o UOL) vai dar muito o que falar ainda, através do AdWords e do AdSense.

Mas o que me deixou feliz mesmo foi a camiseta do Gooooooogle que eu ganhei por acertar quem são os fundadores do Google (pergunta fácil para mim, hehehe). Estou até pensando em lançar uma série de fotos no meu fotolog, sobre as minhas camisetas prediletas (e porque). Outra coisa foi a observação que ouvi da minha irmã, dizendo que eu deveria ser "radialista", por causa da minha voz.

Hoje, dia chuvoso, trabalhar, ir pra aula a noite, e depois pra casa dormir. Estou cansado, bastante cansado, e essa gripe não me deixa... Sonzinho, pra curtir a chuva...

:: The Today OST ::
01 - The Verve - Bittersweet Symphony
02 - Oasis - Cast no Shadow (Acoustic)
03 - Blur - Coffee And TV

>> Bônus Track
04 - The Verve - Lucky Man

quarta-feira, maio 17, 2006

Drops: Ausência

Galera, amanhã, dia 18/05, estarei ausente de MSN, telefone, etc., o dia todo.

Motivo: vou participar de um evento sobre marketing e internet, para profissionais web.

Local: Hotel Sheraton

Qualquer coisa, mail me: cristiano@poabynight.com

segunda-feira, maio 15, 2006

Drops: RSS Feed e análise de público

Pois é, o blog está no ar, e até o momento os números são timidos, porém interessantes.

Recentemente fui aceito para participar do programa Google Analytics, e registrei o blog como um dos sites a serem monitorados. O interessante do Google Analytics é que eu tenho informações bem completas com relação a quem visita o blog, e descobri que já tive acessos de lugares que eu jamais imaginaria.

Quem diria que o blog teria leitores em Lisboa (Portugal), Dublin (Irlanda), Ewell (arredores de Londres), Turin (Itália), Holmeja (não consegui descobrir onde raios é isso), Hyderabad (Índia) e Cidade do Mexico, isso sem mencionar leitores do resto do Brasil. Tudo bem, deve ter sido algum tipo de bizarrice os caras terem caído no meu blog, mas é legal perceber que a internet as vezes pode proporcionar integração com partes do mundo que tu em sabia que existiam.

De qualquer forma, volto a falar do Feed RSS do blog, para quem usa algum tipo de centralizador, ou mesmo pra quem usa a página inicial personalizada do Google. Basta adicionar o seguinte endereço em seu centralizador:

http://www.sunsetrider.blogspot.com/atom.xml

Bem, era isso, boa segunda-feira pra vcs...

:: The Today OST ::
01 - Jack Johnson - Upside Down
02 - The Clash - Police and Thieves
03 - Nada Surf - Do It Again

>> Bônus Track
04 - Jack Johnson - Walk Alone (Early Acoustic)

sexta-feira, maio 12, 2006

Brasil: Calote Internacional

E na américa latina, a crise continua.

A última do índio foi chamar o Brasil de "contrabandista" em plena convenção internacional em Viena, afirmação que não gerou nenhum tipo de reação do nosso "maravilhoso" presidente. Isso cada vez mais me leva a crer que o nosso presidente é um banana, e cada vez mais se mostra um enrolão naquele cargo, sempre dando desculpas ou se fazendo de desentendido quando aparece algum problema complicado demais para se resolver sem ser com o uso de demagogia e discursos escritos por terceiros (até porque sempre que ele improvisa, fala besteira coitado).

O Lula as vezes me lembra aquelas madames emergentes, novas-ricas, que vão à eventos sociais e só dão vexame, fazem gafes, e todo mundo acha engraçadinho, como se fosse aquele bichinho de estimação desajeitado. Ele se expressa mal, não entende nada de gestão, é fraco, desatento, irresponsável e agora, se mostrou um total e completo banana (não, é chocotofe!).

A atitude do governo brasileiro diante da nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia está de fraca a inexistente. O Evo Morales simplesmente resolve que vai ficar com o patrimônio brasileiro, dizendo que não vai pagar nada por isso, nos chama de ladrões e contrabandistas, e o que o nosso governo faz? Nada!

Sinceramente, estamos mal assistidos, mal representados, com este governo conformista e irresponsável. O presidente é alguém que deve não apenas representar uma nação, mas também defender os interesses desta, e não simplesmente aceitar que um governo estrangeiro que se mostra imaturo e desqualificado venha e literalmente roube um patrimônio nosso.

Em outros tempos, ou talvez em outro cenário, isso seria motivo suficiente para dar início a uma guerra. Claro, uma guerra é uma medida extrema que eu desaprovo totalmente, longe de mim sugerir que esta seria a solução. Mas também não podemos bancar os bois mansos, deixando com que o outro país faça o que bem entender com o que é nosso.

Com o posicionamento do Lula nessa crise, o Brasil perde credibilidade frente às outras nações, além de que teremos um prejuízo direto no bolso do povo. Ok, tudo bem, o governo diz que não vai repassar um possível aumento no preço do gás natural, e aí as pessoas de visão mais curta acham que vai ficar tudo bem, afinal não vão desembolsar nada a mais caso os preços aumentem lá fora. Porém o dinheiro gasto para subsidiar estes reajustes, que não vai ser pouco, poderia ser empregado de maneira mais inteligente, na educação ou emprego (na minha opinião, se investirmos em educação e emprego, todos os outros problemas se resolvem como consequência).

Se o dinheiro gasto pelo governo a médio e longo prazo com um possível subsídio do gás natural boliviano fosse usado para subsidiar empregadores brasileiros, a indústria, agricultura, se fosse empregado para melhorar o ensino fundamental e médio (porque é aí que está o problema, as cotas das faculdades é simplesmente um recurso burro, usado por governantes burros), certamente teríamos uma melhora na qualidade de vida do cidadão brasileiro sem precedentes. Mas não, é mais "pop" ser "ponderado, maduro e prudente", e deixar um "presidentezinho" estrangeiro sair fazendo discursos Anti-Brasil, denegrindo a imagem do nosso país perante o cenário internacional, e fazer de conta que não é conosco.

Aliás, o Lula é muito bom em se fazer de desentendido não é? Com o caso do mensalão, da CPI dos correios, e de toda essa roubalheira que está rolando em Brasília, ele sai pra viajar, pra se reunir com outros líderes de estado, vai fazer turismo pelo mundo, como se todo esse rolo não tivesse nada a ver com ele. Poxa, os principais homens do governo dele, seus braços direito e esquerdo, aqueles que eram responsáveis diretos pela imagem do governo dele, caíram sob acusações de corrupção. E ele insiste em dizer que não sabia de nada, e sai de perto para que não respingue nada nele quando algo for jogado no ventilador. Sinceramente, devo parafrasear Alexandre Fetter agora, e dizer que de fato, quem ainda pensa em votar no Lula só pode ser alienado.

Sobre o Evo Morales, só posso sentir pena. O cara é uma criança, com um brinquedo novo. Não faz a mínima idéia de como se gerencia um país, não faz a mínima idéia de como se mantém uma nação forte em um cenário internacional, e ainda por cima é altamente manipulável. Na minha opinião de leigo, eu acho que toda essa crise foi não apenas encorajada, como manipulada pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, e sua PDVSA. Para mim, ficou bem claro que Chávez manipulou o Índio Morales, em nome dos interesses da própria Venezuela, e o pobre índio, como não tem cancha para lidar com a malícia desse cenário, caiu como um patinho.

Agora, o mais engraçado é que o Lula foi o grande defensor do Chávez na américa latina. E agora, da mesma maneira que o Chávez tem o discurso "Anti-EUA", agora o venezuelano fica incentivando o boliviano em seu discurso "Anti-Brasil". Devo concordar com Kennedy Alencar, ao dizer que é hora do Lula se afastar das relações amistosas com Chávez e Morales, e começar a defender o nosso país como um presidente de verdade deve fazer. Hora de parar de viver o "sonho de cinderella", e cair na real. O cara sempre criticou quem estava no poder, e algumas das primeiras medidas dele foi comprar harleys para os batedores dele, e um avião novinho pra ele viajar.

Sabe, estou chegando a conclusão de que não dá pra criticar o Lula. O cara não governa o Brasil, e nem tem poder sobre o país. Ele é só uma figura alegórica lá na frente, um sorrisinho simpático, de gente simples, para ilustrar a imagem real do povo brasileiro: bobo, desinformado e alienado. De fato, Lula é o representante do povo brasileiro.

E quem não concordar comigo, sinta-se a vontade. Eu não entendo nada de política, não entendo nada de economia, nem nunca entendi. Só não tentem me convencer de que a situação do país está melhorando, se nada do que eu compro ou consumo está mais barato, se meu salário vale cada vez menos, e se estou pagando quase R$ 2,00 por uma passagem de ônibus. Pelo menos pra mim, não está havendo melhora nenhuma, e nem para ninguém que eu conheça...