quinta-feira, maio 11, 2006

Cinema: Código da Vinci

Pois é, às vésperas da estréia mundial do filme O Código da Vinci, baseado no best-seller do Dan Brown, o mundo inteiro está agitado.

A igreja, apavorada, promovendo dezenas de palestras e eventos para desmistificar e desmentir as teorias apresentadas no livro. Políticos de forte inclinação religiosa tentam proibir a execução do filme em seus países. Inclusive um deputado, do PSB de São Paulo, quer proibir o filme no Brasil pois ele considera que o filme "agride a liberdade de crença". Sinceramente? Acho que o tal deputado quer só aparecer...

Eu li o livro logo que saiu, bem como já li outros livros do mesmo autor, e tenho uma opinião bem formada com relação à obra dele: divertida. Ponto. O cara tem ótimas sacadas, joga bem com o suspense, os enigmas dele são bem elaborados, mas ainda assim a leitura é fácil, rápida e envolvente. Gosto de escritores descritivos, pois eles conseguem transmitir bem as cenas para pessoas com uma imaginação hiperativa como a minha.

Mas o próprio Dan Brown avisa que o livro é uma obra de ficção, inspirada em instituições verdadeiras e teorias da conspiração existentes, mas ainda assim uma mera obra de ficção. Quem já leu algum outro livro do cara além do Código, notou que essas conspirações, envolvendo instituições e figuras famosas é uma característica da obra do autor.

Sinceramente, quem considere o livro uma afronta à fé cristã, deveria rever seus conceitos de fé, e principalmente, de cristandade. Eu sou cristão, me criei dentro da igreja católica, e tenho uma fé muito segura. Acho que o filme O Código da Vinci fará muito melhor para as pessoas, e para a fé em si, do que aquela abominação dirigida pelo Mel Gibson, que é A Paixão de Cristo. Aquele filme é coisa de uma mente doente, sádica, que realmente não entende nada do sacrifício de Cristo.

Que venha o filme do Ron Howard, estou ansioso para assistí-lo e tenho certeza de que vou adorar. É uma obra de ficção, e não uma conspiração contra a igreja católica. Acho que esses políticos deveriam se preocupar com questões mais práticas, como educação e emprego.

3 comentários:

Anônimo disse...

Clap, clap, clap...
Isso ai Cris... que coisa ridicula é essa de ficar querendo "defender" os cristãos... isso é ridiculo... é medo puro...
O fato é... que se as pessoas verem o filme podem deixar de serem crstãos... ou coisa parecida... ah!! para né... melhor ficar com os decididos... do que com os que vão de arrastão...

Beijinho meu lindo...
Estou gostando de ler vc novamente... ^_~

Anônimo disse...

Bah! mas tem texto neste blog. Voltou com tudo!
Sobre a polêmica, concordo com a tua opinião. E ainda mais, se não é verdade, pq bater tanto em cima disso? Aí tem coisa...
Sobre Paixão de Cristo, não concordo, pq acho um filme extraordinário. Chorei muito, sentia cada chicotada como se fosse em mim. E a minha fé saiu muito mais fortalecida. Mera questão de entendimento.
Bjo procê!

Cristiano Molina disse...

Edi, o que eu falo com relação a Paixão de Cristo é que eu não concordo com a ótica apresentada. Ver pedaços de Cristo voando longe não cumpre nenhum papel religioso, e te garanto que o próprio Cristo reprovaria o filme. Não existe mensagem de Cristo naquele filme, é simplesmente um espetáculo para mostrar o sofrimeto de Cristo, e eu tenho certeza de que essa não era bem a idéia que ele tinha de louvor ou demonstração de fé...